A Análise da 3ª desta semana, transmitida no dia 26 de agosto, começou com uma análise do cenário político brasileiro, com ênfase na atuação do judiciário. Rui Costa Pimenta comentou sobre o pedido de extradição de Eduardo Tagliaferro, ex-funcionário do TSE, após ele vazar informações sobre a atuação do Ministro Alexandre de Moraes.
“É o caso Snowden brasileiro, né? Você não pode denunciar um crime que você que vai preso”.
O debate também abordou a resposta de Alexandre de Moraes a um discurso do ex-ministro Mendonça Filho sobre a “autocontenção do judiciário”. Rui Costa Pimenta avaliou a resposta de Moraes como evasiva, notando que, ao se defender como “independente”, ele não respondeu à crítica de que o Judiciário estaria “fazendo leis”. A análise de Pimenta destacou que a “democracia”, segundo ele, não pode se basear nos pilares de imprensa, eleições e Judiciário, mas no sistema representativo do Congresso Nacional, que, segundo a análise, estaria sendo “totalmente mutilado” pelo STF.
Outro ponto de destaque foi a Lei Felca, que, na visão de Pimenta, é “profundamente antidemocrática” e uma “tentativa de acabar quase que completamente com a privacidade na internet”. Ele expressou surpresa com o apoio da esquerda a essa legislação, que considera uma ferramenta de “vigilância estatal muito grande” e de “espionagem, inclusive internacional”. A lei foi descrita como uma forma de ditadura, que vai “atingir as pessoas com menos recurso”.
A discussão internacional se concentrou na guerra entre Rússia e Ucrânia. Rui Costa Pimenta afirmou que um acordo de paz não seria alcançado porque “o imperialismo não quer paz, não quer acordo, não quer nada”. A análise destacou a acusação de que a Ucrânia teria sabotado um oleoduto que transporta gás para a Hungria. Pimenta classificou o ato como “mais uma coisa criminosa”.
Sobre o número de baixas ucranianas, o programa citou um vazamento russo de um banco de dados que alegaria mais de 1,7 milhão de baixas no exército da Ucrânia. Rui Costa Pimenta considerou o número “plausível” e um reflexo da política imperialista de “lutar até o último ucraniano”, uma frase que ele atribuiu ao presidente russo, Vladimir Putin.
A situação política da França também foi comentada, com a análise de que o regime está “nas cordas”. A proposta de orçamento, que prevê cortes em benefícios sociais e aumento de gastos militares, foi vista como “muito difícil de colocar em marcha” devido à oposição de partidos de direita e esquerda. O programa concluiu que a instabilidade francesa é mais uma “demonstração” da crise dos regimes políticos europeus.
Assista ao programa na íntegra no canal da Rádio Causa Operária:





