No programa Análise Política de 3ª desta semana, Rui Costa Pimenta abordou a perseguição sistemática contra o craque Neymar, o maior jogador do planeta, que, segundo ele, vai além da Rede Globo e se estende ao cenário internacional. “Nós já denunciamos inúmeras vezes que há uma perseguição contra o Neymar, não só dos delinquentes da Rede Globo, mas vem de fora do país. É uma perseguição ao futebol brasileiro”, afirmou.
O dirigente do PCO criticou setores da esquerda que politizam o futebol de maneira equivocada, impondo um critério ideológico para jogadores da seleção. “Que acha que jogador de futebol para representar o Brasil na Copa do Mundo tem que passar por um escrutínio político. Não faz sentido, é preciso saber que ele joga bem”, declarou.
Para Rui, Neymar é o maior jogador brasileiro das últimas duas décadas e um “patrimônio nacional”, independentemente de sua posição política. Ele comparou a situação atual ao caso de Pelé e da seleção de 1970, destacando que as opiniões políticas dos jogadores não devem ser critério para o apoio à seleção nacional.
Além disso, avaliou que a volta do jogador ao Brasil é um acontecimento positivo para o futebol nacional. “Eu não torço para o Santos, mas espero que ele vá bem com Neymar e que ele vá muito bem no futebol brasileiro”, declarou.
USAID: instrumento do imperialismo e alvo de disputa interna nos EUA
Outro tema abordado foi a atuação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), denunciada historicamente pela esquerda como um braço da CIA na promoção de golpes de Estado pelo mundo. “A USAID, todos sabem, foi denunciada milhões de vezes, principalmente pela esquerda. É uma fachada para a organização de golpes de Estado no mundo todo. É uma organização criminosa”, afirmou Rui. Ele mencionou que a agência esteve envolvida em golpes na América Latina, no Oriente Médio e na Ucrânia.
A possível dissolução da USAID por Donald Trump foi interpretada como parte das disputas dentro do próprio imperialismo norte-americano. Rui apontou três razões para o ataque de Trump à agência: primeiro, o receio de que a estrutura seja usada contra ele internamente; segundo, a insatisfação de aliados seus que foram prejudicados por suas operações golpistas; e terceiro, o custo anual da organização, que gira em torno de US$100 bilhões. “Se ele realmente fechar, será um benefício para a humanidade”, avaliou.
Ao rebater comparações entre a medida de Trump e a ação de Hitler contra as SA, Rui enfatizou que o caso é diferente. “Trump não está acabando com a USAID a favor do imperialismo […] Isso é um ataque contra essa ferramenta do imperialismo, feito por uma pessoa de extrema-direita, pois as contradições são gigantescas.”
Contradições do imperialismo e a submissão do governo Lula
Rui também abordou a política imperialista dos EUA, ressaltando que existe na burguesia norte-americana uma corrente isolacionista, representada por Trump. Segundo ele, esse setor não vê vantagem na política de intervenções e golpes, uma postura que contrasta com os interesses dos grandes monopólios do petróleo, dos banqueiros e da indústria bélica.
Por fim, fez uma crítica ao governo Lula, que, segundo ele, está preso a uma falsa polarização entre democratas e fascistas. “Se você adota essa posição, irá se aliar a um pessoal tão picareta quanto a extrema-direita”, apontou. Ele criticou a participação do Brasil na COP, denunciando o alinhamento do governo com os interesses do imperialismo sob o pretexto da defesa do meio ambiente. “Lula se vê como o grande líder dos democratas internacionalmente, o que é ainda mais desastroso”, concluiu.
