A imprensa israelense informou na terça-feira (30) que um palestino realizou uma operação combinada de atropelamento e tiro na Jerusalém ocupada.
De acordo com os relatos, o ataque ocorreu no posto de controle do túnel entre al-Quds e Beit Lahm, deixando vários israelenses feridos, alguns em estado crítico.
O Ministério da Saúde palestino anunciou posteriormente o martírio de Mahdi Mohammed Awad Diriyeh, de 32 anos, que foi morto a tiros pelas forças de ocupação israelenses ao sul de Beit Lahm e identificado como o homem que realizou a operação.
Em um comunicado, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) disse que a operação representa “uma mensagem de nosso povo resistente, que nunca permanecerá em silêncio diante dos crimes de genocídio da ocupação em Gaza e da destruição na Cisjordânia”.
O movimento enfatizou que “as operações de resistência em escalada são uma mensagem clara de que nosso povo não ficará inativo diante do genocídio e das políticas de assentamento”.
A operação ocorre em meio à escalada das medidas israelenses para consolidar o controle e a ocupação sobre as terras palestinas na Jerusalém ocupada.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, se reuniu com líderes de assentamentos da Cisjordânia em Nova Iorque na noite de domingo (28), antes de seu encontro agendado com o presidente dos EUA, Donald Trump. De acordo com relatos da imprensa israelense, Netaniahu disse à delegação que pretendia levantar a questão de “Israel” anexar a Cisjordânia durante suas conversas na Casa Branca.
Ao mesmo tempo, Netaniahu supostamente reconheceu a “realidade complicada”, sugerindo que qualquer movimento em direção à anexação é improvável no futuro imediato.
Suas declarações vêm à medida que Netaniahu enfrenta uma pressão crescente de líderes de assentamentos e aliados de extrema direita, cujos apelos pela anexação de terras palestinas ocupadas se tornam mais altos em resposta ao recente reconhecimento de um Estado Palestino; um movimento ao qual ele continua a resistir publicamente enquanto o possibilita no terreno.
O encontro incluiu figuras importantes dos assentamentos como Israel Ganz, chefe do Conselho Yesha, e Yossi Dagan, que preside o Conselho Regional da Samaria. Ambos têm sido defensores vocais da anexação, enquadrando-a como a rejeição final da criação de um Estado Palestino.





