Paraíba

Residentes da UFPB emitem nota reafirmando continuidade da luta

Comando Unificado esclareceu que, apesar de parte do movimento estudantil optar por desfazer barricada, o combate aos ataques da Reitoria continuarão

Em comunicado publicado nesta sexta-feira (12), os integrantes do Comando Unificado de Luta Estudantil da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) esclareceram que, apesar dos sucessivos ataques da Reitoria ao movimento estudantil, os discentes seguirão lutando para que ninguém passe fome durante o período do recesso de fim de ano. O comunicado veio um dia após a divulgação da lista de residentes contemplados com o benefício de recesso da Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE). O benefício, criado para suprir a suspensão do Restaurante Universitário, gerou uma onda de revolta entre os estudantes devido aos valores irrisórios e à exclusão de centenas de residentes por critérios burocráticos.

No comunicado, o Comando Unificado explica que, embora o Movimento RUMF em Luta tenha decidido desfazer a barricada estabelecida após uma vitória parcial, os integrantes do Comando irão manter a luta em defesa dos estudantes e poderão retomar a barricada no futuro próximo.

O Movimento RUMF em Luta, que deu origem à mobilização, surgiu como resposta à portaria da PRAPE que instituía o benefício de recesso. As principais reivindicações eram o aumento de 50% das bolsas estudantis e a revogação da cláusula que limita o valor dos benefícios.

Apesar de uma vitória parcial importante que garantiu o piso de R$540 para o benefício, a lista publicada pela Reitoria na última quinta-feira (11) revelou um quadro desolador. Segundo a nota do Comando Unificado, “o resultado foi pior do que o que qualquer residente poderia imaginar”:

  • Dos 594 estudantes do Campus I contemplados, apenas três receberam o valor integral.
  • A maioria, 314 estudantes, receberá menos de R$6,50 por refeição.

A situação dos residentes da Residência Universitária da UFPB (RUMF) foi igualmente grave. Entre os residentes da RUMF, apenas 148 foram contemplados. A maior parte ficou de fora por critérios burocráticos excessivamente rigorosos, como o prazo extremamente curto — inferior a cinco dias — para preencher um formulário. Desses 148 beneficiados, 128 receberão menos de R$13,00 por refeição.

A divulgação da lista intensificou a revolta, atraindo novos estudantes ao movimento, mas também gerando desgaste entre parte dos manifestantes mais antigos, o que levou ao Movimento RUMF em Luta desfazer a barricada. Diante desse cenário contraditório, o Comando Unificado enfatizou que não pode haver recuo na luta por direitos básicos:

“No entanto, não é possível abandonar a defesa dos estudantes. Há cerca de 200 residentes que ainda precisam de apoio,” afirma a nota, destacando a necessidade de “luta por condições básicas de permanência, como alimentação adequada.”

Reconhecendo o papel do Movimento RUMF em Luta, o Comando Unificado afirma que um acordo foi firmado visando a unidade dos residentes. Enquanto o Movimento RUMF em Luta declarará a barricada terminada mediante um acordo de não perseguição da Reitoria, o Comando Unificado adotará uma outra postura:

“O Comando Unificado de Luta Estudantil da UFPB continuará em luta pelo pagamento integral do benefício para todos os residentes e não se comprometerá publicamente com qualquer acordo em torno do fim da barricada (obstrução), podendo constituir uma nova barricada a qualquer momento”, comunicou a Executiva em seu documento.

A principal estratégia imediata do Comando Unificado será a criação de um Comitê em defesa dos abandonados pela PRAPE, com o objetivo de prestar assistência aos atingidos pela decisão da Pró-Reitoria. O comunicado conclui que a mobilização precisa se fortalecer e adotar novas estratégias para garantir uma “vitória definitiva”, mantendo a possibilidade de retornar à obstrução como um instrumento de pressão.

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