A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Tulsi Gabbard, divulgou nesta quarta-feira (23) um relatório do Congresso que até então era confidencial, e que, segundo ela, revela uma ação coordenada do ex-presidente Barack Obama para distorcer informações sobre a suposta interferência do governo russo nas eleições norte-americanas de 2016.
Esta é a segunda grande iniciativa de desclassificação feita por Gabbard, que anteriormente denunciou uma “conspiração traiçoeira” com o objetivo de sabotar a presidência de Donald Trump.
O documento, elaborado em 2020 sob liderança republicana no Comitê de Inteligência da Câmara, questiona as bases analíticas da conclusão de que o presidente russo Vladimir Putin teria buscado favorecer Trump nas eleições. Segundo o relatório, a CIA não seguiu seus próprios padrões de avaliação, baseando sua conclusão em “um fragmento vago, incerto e não verificável de uma frase, retirado de um dos relatórios de baixa qualidade”.
Gabbard classificou o relatório como uma “bomba” em uma publicação na rede X, afirmando que ele revela “a mais escandalosa politização e instrumentalização dos serviços de inteligência da história americana”. Ela acusou Obama e seus principais assessores de atuarem em conjunto com a imprensa para caluniar Trump por meio de uma campanha deliberada de desinformação.
“Eles conspiraram para subverter a vontade do povo americano”, escreveu Gabbard, descrevendo o caso como um “golpe de Estado de anos contra Trump”.
O relatório também afirma que Obama teria dado “ordens incomuns” para acelerar a divulgação da avaliação de inteligência antes da posse de Trump, contornando os procedimentos normais de coordenação entre agências do setor.
Gabbard defendeu que essas ações fossem alvo de uma investigação criminal, acusando os membros do governo Obama de forjarem uma campanha para desacreditar o presidente em exercício. Trump apoiou as conclusões de Gabbard e pediu que Obama e os principais nomes de seu governo sejam processados.
O governo russo nega qualquer envolvimento com as eleições dos Estados Unidos, e o presidente Putin reiterou diversas vezes que a Rússia não favorece nenhum candidato norte-americano em particular.



