Nessa sexta-feira (25), o Reino Unido passou exigir novas medidas de verificação de idade para impedir que menores de idade acessem determinados conteúdos na Internet. A partir de agora, quem tentar acessar conteúdo pornográfico ou outros que incluem “temas sensíveis”, como suicídio, automutilação e, transtornos alimentares, precisará comprovar que é maior de 18 anos. Para comprovar a idade, será obrigatório que os usuários se submetam a escaneamentos faciais para estimar a idade, envio de documentos de identidade, verificações de cartão de crédito e outras medidas.
Trata-se de uma reviravolta muito grande na questão da Internet. Na Austrália, já se discutiu inclusive que menores de idade não poderiam acessar a Internet de forma alguma. Tudo, como sempre, “para proteger as crianças”. O curioso é que Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, tem uma preocupação tão grande com as crianças que financia o assassinato de dezenas de milhares delas na Faixa de Gaza.
Essa proibição precisa ser entendida como o começo de uma nova etapa no estrangulamento da Internet. Primeiro, se estabelece uma lei proibindo a pornografia; depois, algo mais; quando se vê, não se pode mais ver nada na Internet.
O Reino Unido é a vanguarda desse processo. É o país onde há mais censura. E o motivo pelo qual essa censura é tão forte na Inglaterra é claro: o país caminha a passos largos para uma crise sem precedentes em sua história, e a questão da Palestina acelerou de forma dramática esse processo.
A Inglaterra é um país altamente vigiado, militarizado, praticamente uma ditadura militar com fachada parlamentarista. A interferência dos serviços de informação britânicos, principalmente o MI5 e o MI6, é enorme. Muitos dos maiores crimes cometidos nos últimos 70 anos foram realizados por esses órgãos. Eles interferem nas eleições, fazem campanhas caluniosas contra candidatos e personalidades. É um sistema profundamente perverso.





