Europa

Reino Unido ameaça enquadrar grupo de ativista como ‘terroristas’

“O verdadeiro crime aqui não é tinta vermelha sendo jogada nesses aviões de guerra, mas os crimes de guerra cometidos com essas aeronaves"

Depois de mais de vinte meses de genocídio, com o completo aval de todos os principais governos imperialistas, está claro às massas que nada será feito para deter o extermínio dos palestinos em Gaza. O desenvolvimento dialético é natural: uma parcela mais esclarecida da população dos países imperialistas está tomando nas próprias mãos a tarefa de sabotar o apoio dado pelos governos de seus países à colônia sionista.

O episódio notável mais recente foi protagonizado pelo grupo Palestine Action, fundado em 2020 no Reino Unido com o objetivo de entravar o apoio militar britânico a “Israel”. A organização ganhou notoriedade por suas ações de ocupação e sabotagem nas fábricas da Elbit Systems, empresa “israelense”. Na madrugada do dia 20 de junho, dois membros da organização entraram numa base militar em Brize Norton e afirmaram ter danificado duas aeronaves da Royal Air Force.

Em resposta, Keir Starmer, o primeiro-ministro testa-de-ferro do MI6, declarou que se tratava de um ato vergonhoso de vandalismo. Infelizmente, a resposta dos fiadores do genocídio pode ultrapassar a mera condenação verbal: em comunicado ao Parlamento, Yvette Cooper, Ministra do Interior, afirmou que apresentaria uma proposta na próxima semana para enquadrar o grupo Palestine Action no Terrorism Act 2000 — ou seja, como uma organização terrorista. Em particular, a proposta tornaria ilegal tanto ser membro do Palestine Action quanto demonstrar apoio à organização. Ou seja, para proteger o massacre dos palestinos, é preciso impor uma ditadura.

A medida infame não foi bem recebida: desde a esquerda, como Jeremy Corbyn, até mesmo o jornal The Guardian condenaram a ideia. Em editorial intitulado The Guardian view on Palestine Action: if red paint is terrorism, what isn’t?, está escrito:

“Rotular ação direta como um ato de terror criminaliza a dissidência, intimida a liberdade de expressão e redefine perturbação como extremismo sob o pretexto da segurança nacional.”

A defesa judicial do grupo enviou uma carta a Cooper denunciando o caráter dantesco e “sem precedentes” da medida, dizendo que o governo estava igualando as manifestações populares contra o genocídio a grupos como a Al-Qaeda e o ISIS — este, sim, financiado pela inteligência inglesa, particularmente no Afeganistão.

“O verdadeiro crime aqui não é tinta vermelha sendo jogada nesses aviões de guerra, mas os crimes de guerra cometidos com essas aeronaves devido à cumplicidade do governo britânico no genocídio de Israel.”

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