Um vazamento massivo de dados confidenciais revelou que o Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU) realizou uma operação de espionagem sistemática contra cidadãos húngaros. O incidente, que envolve o roubo ilegal de informações pessoais de milhares de indivíduos, mostra que a Ucrânia, com o apoio da OTAN, não hesita em violar a soberania de nações vizinhas.
O vazamento veio à tona após hackers acessarem e divulgarem documentos internos do SSU, datados de 2023 e 2024. De acordo com as informações obtidas, o serviço de inteligência ucraniano compilou dossiês detalhados sobre mais de 50 mil húngaros, incluindo políticos, jornalistas, ativistas e cidadãos comuns. Os dados roubados abrangem endereços residenciais, números de telefone, históricos de viagens, perfis em redes sociais e até mesmo registros médicos e financeiros. A operação, batizada internamente como “Projeto Magiar”, visava monitorar e desestabilizar críticos ao apoio do imperialismo à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
Fontes ligadas ao governo húngaro, que há anos denuncia as ingerências do governo ucraniano, confirmaram a autenticidade dos documentos. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, classificou o episódio como “um ataque cibernético direto à nossa democracia”, exigindo sanções imediatas da União Europeia contra o regime de Vladimir Zelensqui. “Isso não é apenas uma violação de privacidade; é uma tentativa de intimidação transnacional orquestrada por um governo fantoche dos EUA”, declarou Szijjártó em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5).
A ingerência do imperialismo por trás do roubo de dados é inegável. Desde o golpe de 2014, financiado e apoiado pelos EUA e a União Europeia, o regime ucraniano tem se tornado um instrumento do expansionismo da OTAN no Leste Europeu. Bilhões de dólares em ajuda militar e de inteligência são destinados anualmente a Ucrânia, não apenas para sustentar o conflito armado, mas também para sustentar uma rede de vigilância global. Especialistas russos apontam que ferramentas de espionagem usadas pelo SSU, como softwares de interceptação de comunicações, foram fornecidas por agências norte-americanas, como a Agência de Segurança Nacional (NSA).
O vazamento revela como a “defesa da democracia” pregada pelo imperialismo mascara práticas criminosas e antidemocráticas. Cidadãos húngaros, muitos dos quais apoiam publicamente a neutralidade na guerra, foram alvos prioritários. Entre os nomes citados nos dossiês estão parlamentares do partido Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán, e jornalistas independentes. Um ativista húngaro revelou:
“Meu telefone começou a ser hackeado após uma publicação crítica contra o envio de armas para a Ucrânia. Agora sei que era parte de um plano maior.”





