No próximo dia 1º de janeiro de 2026, completar-se-ão três anos do governo Lula, eleito pela classe trabalhadora, que derrotou nas urnas e nas ruas o projeto da direita golpista de aprofundamento da política neoliberal, mas, diante disso, até o presente momento não foi o que aconteceu no Banco do Brasil.
Ao contrário disso, o que se verifica é que as mesmas direções que ocupavam os mais altos cargos dentro da empresa permaneceram nos postos-chave do banco e continuaram atacando os funcionários do BB e a própria instituição Banco do Brasil.
A presidenta do banco, Tarciana Medeiros, que, na sua posse, dizia que não iria tolerar desrespeito, discriminação ou assédio de qualquer natureza e que valorizaria o diálogo, ao contrário do discurso demagógico, o que os trabalhadores vêm sofrendo durante todo esse período da atual gestão foi o aumento da política de assédio moral, perseguições nas dependências do banco, descomissionamento, fim das gratificações de Caixa Executivos, fechamento de dependências e agências bancárias, terceirizações etc.
E agora a mais nova determinação da direção do banco vai no sentido de atacar não só os trabalhadores do Banco do Brasil, mas toda a categoria bancária, quando implementa outra reestruturação, implantando a ampliação da jornada de 8h diárias para Assessores das Unidades Estratégicas, cargos técnicos como Assessores UE e Assessores UE TI, jornadas essas que são garantidas por lei das 30 horas semanais da categoria bancária, conquistada através de muitas lutas dos bancários na década de 1940 devido ao alto índice de adoecimento da categoria naquele período, alto índice esse que até hoje persiste: os bancários, hoje, estão no topo do ranking da lista dos trabalhadores afastados por doenças laborais, tanto psíquicas (estresse, depressão, síndrome do pânico etc.) como problemas osteomusculares (lesão por esforço repetitivo – LER/DORT, dores nas costas e pescoço, tendinopatia, síndrome do túnel do carpo, hérnias de disco etc.).
A tal “reestruturação”, além de ser ilegal, prevê o descomissionamento de centenas de trabalhadores bancários que poderão tornar-se excedentes, perdendo as suas vagas de comissionados, já que o processo passará por uma pré-seleção e, com 100% de certeza, não haverá vaga para todos que detêm as suas atuais comissões. E aí vem aquele velho procedimento para os funcionários excedentes, que cairão no tal “esmolão”, ou seja, ficarão à mercê do surgimento de uma outra vaga correspondente ao seu atual cargo comissionado, que, na maioria dos casos, não acontece na sua atual localização. No frigir dos ovos, as consequências serão a perda da comissão e o funcionário voltará a exercer o cargo de escriturário, reduzindo substancialmente o seu salário.
Os funcionários precisam responder com um estrondoso NÃO a esse novo ataque realizado pela direção do banco e, para isso, os sindicatos de luta da categoria devem organizar imediatamente uma gigantesca mobilização, através dos tradicionais métodos dos trabalhadores: greves, piquetes, ocupações etc., para pressionar a direção a dar um fim nas famigeradas reestruturações.



