Oriente Médio

Quem são os 70 heróis libertados no Egito

Ditadura sionista impôs, como contrapartida a libertação desses militantes, a condição de que fossem deportados para o Cairo

No último dia 25 de janeiro, a libertação de 70 prisioneiros palestinos como parte do acordo de troca de prisioneiros, na operação batizada “Toufan Al-Ahrar” (“Dilúvio da Liberdade”, em português) foi celebrada como uma vitória histórica da Resistência Palestina contra a ocupação sionista. Esses militantes, verdadeiros gigantes da luta pela libertação da Palestina, foram deportados diretamente ao Egito, em uma decisão que reflete a persistente tentativa de “Israel” de sufocar o desenvolvimento da Revolução Palestina. No entanto, ao contrário do que o ocupante planeja, a libertação desses prisioneiros reafirma o espírito indomável da resistência.

Os 70 prisioneiros libertados são figuras conhecidas na luta palestina, com muitos deles condenados a múltiplas penas de prisão perpétua. Entre eles estão líderes como Naji Bisharat, preso desde 2002 sob acusações de pertencer às Brigadas Al-Qassam e realizar operações contra as hordas sionistas, e Raed Al-Saadi, o “decano dos prisioneiros de Jenin”, que passou 36 anos encarcerado. Também foi libertado Fahad Sawalhi, do campo de refugiados de Balata, condenado a sete prisões perpétuas e 50 anos adicionais, um homem que, mesmo dentro das prisões, escreveu e manteve a esperança viva com suas palavras: “A notícia é clara – sairemos pelo portão. Não seremos forçados a cavar um novo túnel.”

Outra história marcante é a de Nasim Rashid Al-Zaatari, preso em 2003 e condenado a 24 prisões perpétuas e 600 anos adicionais por seu papel destacado na resistência armada. Durante mais de duas décadas, foi submetido a isolamento, punições severas e negado o direito de ver sua família. Hoje, graças ao Hamas, à Jiade Islâmica e as demais forças revolucionárias da Resistência, Al-Zaatari está finalmente reunido com seus entes queridos.

Entre os libertados também estão os irmãos Nasr e Akram Badawi Abu Sneineh, conhecidos por suas operações de resistência durante a Primeira Intifada (1987-1993) de Jerusalém. Ambos foram presos em 2016 e condenados após acusações de participarem de 12 operações envolvendo uso de franco-atiradores contra o exército sionista.

Refletindo a importância desses militantes, a contrapartida de “Israel” para a libertação foi que os 70 prisioneiros seriam deportados ao Egito, em vez de devolvê-los a Gaza ou à Cisjordânia. Essa imposição não é apenas uma tentativa de isolar esses combatentes de suas comunidades e redes de apoio, mas também um reconhecimento explícito da ameaça que representam à ditadura sionista.

A chegada dos prisioneiros ao Cairo foi marcado pela emoção e pelo orgulho. Mesmo antes de aterrissarem, muitos usaram os momentos de controle de passaporte para ligar para suas famílias, compartilhando a notícia de sua liberdade. Na capital egípcia, foram recebidos por lideranças das facções palestinas e saudados como heróis nacionais.

Em um comunicado divulgado pelo Escritório de Comunicação dos Prisioneiros, a Resistência Palestina destacou que essa vitória só foi possível graças ao sacrifício e à determinação do povo palestino, em especial de Gaza, que continua sendo “a fortaleza inquebrável de firmeza e vontade”. Zaher Jabareen, chefe do Escritório dos Mártires, Prisioneiros e Feridos do Hamas, afirmou que “essa conquista é um marco brilhante na luta, provando que nosso povo é capaz de recuperar seus direitos das garras do ocupante, por mais opressor que ele seja”.

Jabareen também renovou o compromisso com os prisioneiros que ainda permanecem nas prisões sionistas, assegurando que a resistência não descansará até que todos estejam livres. “Essa conquista é um passo em direção à libertação completa do nosso povo”, declarou.

Os 70 libertados não são apenas nomes em uma lista – são símbolos vivos da luta por liberdade e justiça. Suas histórias de abnegação, resistência e vitória são inspiradoras, para toda a Palestina e além. Ao libertá-los, a Resistência não apenas desafia o poderio militar sionista, mas reafirma que está em marcha uma verdadeira revolução para a libertação nacional da nação árabe invadida. Abaixo, o nome dos 70 prisioneiros soltos:

Lista dos libertados:

  1. Mahmoud Sidqi Suleiman Radwan
  2. Jihad Yousef Ismail al-Najjar
  3. Jasser Afif Mohammed Raddad
  4. Basil Makhlouf
  5. Salim Mohammed Saeed Salim Hijji
  6. Thabet Azmi Sleiman Mardawi
  7. Rabie Rafiq Sharif Abu al-Rub
  8. Ali Suleiman Saeed al-Saadi
  9. Ramadan Eid Ramadan Mashahra
  10. Mahmoud Ali Abed al-Radaideh
  11. Nafez Nayef Salim Haj Hussein
  12. Wissam Saeed Musa Abbasi
  13. Muhammed Odeh Ishaq Odeh
  14. Wael Mahmous Mohammed Ali al-Qassem
  15. Iyad Yasser Mahmoud al-Masalma
  16. Mahmoud Hammad Mahmoud Shreiteh
  17. Abdel-Latif Mohammed Lotfi Ahmed Hamada
  18. Mohammed Shaker Allan Ma’ali
  19. Munif Mohammed Mahmoud Abu Atwan
  20. Iyad Mahmiud Abdel-Rahim Nassar
  21. Shadi Abdel-Salim Suleiman Zaid
  22. Nour Mohammed Shukri Jaber
  23. Samer Abdel-Samih Ahmed al-Atrash
  24. Ahmed Deeb Abdel-Rahman Duhaidi
  25. Omar Saleh Mohammed Fayeq al-Sharif
  26. Ahmed Mustafa Ahmed al-Shaibani
  27. Abdullah Adnan Yahya al-Sharabati
  28. Hussam Adnan Tawfiq Abed
  29. Saleh Subhi Daoud Dar Musa
  30. Saed Abdel-Samih Suleiman Zaid
  31. Khaled Deeb Hassan Abu Hamad
  32. Muayad Shukri Abdel-Hamid Hammad
  33. Murad Walid Khaled Barghouti
  34. Ahmad Khaled Daoud Hamed
  35. Younis Ali Mohammed Masaeed
  36. Hashem Nasser Ahmed Sous
  37. Ammar Sidqi Salim Abu Galous
  38. Sajid Ahmed Salim Abu Galous
  39. Jaafar Fawzi Qasim Abu Hanani
  40. Bahjat Mahmoud Jamil Ashqirat
  41. Abdel-Moiz Deeb Ibrahim Ja’aba
  42. Louay Shaher Shakib al-Oweiwi
  43. Lillah Abu Mohammed Abu Rajila
  44. Nael Mohammed Sleiman Yassin
  45. Alaa Jibril Mohammed Damanhouri
  46. Musa Adam Salem Akhlil
  47. Mudhar Musa Ahmed Abudayyeh
  48. Abdel-Nasser Mohammed Mahmoud Rizq
  49. Alaa el-Din Jamil Eid Ghoneim
  50. Mohammed Naim Salman Qawasmeh
  51. Yahya Hashem Abdel-Fattah Haimouni
  52. Mohammed Jabr Odeh Hroub
  53. Bahaa el-Din Ali Hassan al-Adam
  54. Ishaq Taher Salah Arafa
  55. Khaled Zuhair Najmideen Qutaiba
  56. Amjad Mustafa Saleh Hamed
  57. Abdullah Munir Saleh Ishaq
  58. Fayez Abdel-Majeed Jabr Hamed
  59. Ayham Basem Ibrahim Sabah
  60. Malih Ahmed Musa Hamed
  61. Mahmoud Kamel Mohammed al-Atawneh
  62. Sharif Mohammed Yousef al-Naji
  63. Nasr Mohammed Yousef al-Naji
  64. Mohammed Mohammed Yousef al-Naji
  65. Muhammed Ahmed Abdel-Hamid al-Tus
  66. Mohammed Nabil Aamer Mohammed Arkan
  67. Imad Rashid Abdel-Rahman Kamil
  68. Jad Ibrahim Musa Mualla
  69. Yasser Mohammed Obeid Rabaiya
  70. Mahmoud Assad Mahmoud Issa

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.