Brasil

Quem são brasileiros que se reuniram com filho de George Soros?

Alexander Soros esteve no Brasil na semana passada

Na última terça-feira (19), Alexander Soros, filho de George Soros e atual presidente da Open Society Foundations, reuniu-se com Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula. Na mesma ocasião, ele também se reuniu com o senador Randolfe Rodrigues (PT – AP) e com os deputados Túlio Gadêlha (Rede-PE), Erika Hilton (PSOL-SP) e Dandara Tonantzin (PT-MG).

Conforme noticiado pelo jornal Folha de São Paulo, Soros teve igualmente reuniões com Marina Silva (ministra do Meio Ambiente) e Anielle Franco (ministra da Igualdade Racial), bem como o assessor internacional da Presidência, Celso Amorim. Saindo de Brasília, ele foi ao Rio de Janeiro participar de uma conferência no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Soros, que é um representante do imperialismo dito “democrático”, e a Open Society Foundations um dos principais veículos da política identitária do imperialismo, publicou em sua página do X estar grato por sua conversa com Haddad e demais políticos “enquanto o Brasil se prepara para a COP30 e continua se colocando como uma modelo progressista único para a democracia em todo o mundo”.

Conforme noticiado pelo jornal Gazeta do Povo, a reunião teve como objetivo articular estratégias para a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que está prevista para ser realizada em Belém, Pará, no mês de novembro. Igualmente, tratou do compromisso do governo em “consolidar um modelo democrático progressista”.

Alexander Soros assumiu a presidência da Open Society Foundations em 2023, após seu pai, George Soros, ter se afastado do cargo. Soros pai fundou a organização em 1993. Desde então, a OSF vem atuando como mecanismo de aplicação da política do imperialismo, especialmente através da defesa da “democracia” e da política identitária, financiando com bilhões de dólares milhares de ONGs em mais de 120 países. 

Soros e a OSF estiveram por trás de praticamente todas as chamadas revoluções coloridas, isto é, golpes perpetrados pelo imperialismo sob o disfarce de movimento popular. Dentre estes golpes, o de 2014 na Ucrânia, e o de 2016 no Brasil.

Em 2023, no mesmo ano em que Alexander Soros assumiu a presidência, a Open Society destinou mais de R$155 milhões a ONGs no Brasil,  um aumento de quase R$50 milhões em relação ao ano anterior (2022). Naquele mesmo ano, Soros declarou ser “mais político” que o pai, em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal, um dos jornais porta-voz da burguesia imperialista.

Além de aplicar a política imperialista do identitarismo, através da OSF, Alexander Soros também é abertamente sionista, sendo fundador da organização Bend the Arc: Jewish Action.

Abertamente apoiador do Partido Democrata norte-americano, Soros declarou nesta segunda-feira (25), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que as pressões que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, está fazendo contra o Brasil vai sair pela culatra. Ele está tornando Lula mais popular”.

Segundo o representante do imperialismo “democrático”, o que Trump faz “é direcionado ao atual governo brasileiro”. Ele acrescenta que “[O deputado federal] Eduardo Bolsonaro [PL-SP] está ditando aspectos da política dos EUA para o Brasil. Não é possível contemporizar com o Trump; Lula teria de deixar de ser Lula para que isso acontecesse, e o Brasil teria de ceder em sua soberania”.

Na mesma entrevista, ele também declarou que sua “esperança é que o Mercosul e a UE [União Europeia] façam alianças para proteger a soberania digital, defender os direitos dos governos de enfrentar as grandes empresas de tecnologia. As big techs são, hoje, mais poderosas que países”. Em que pese o disfarce, trata-se de uma declaração em apoio à política de censura do imperialismo contra a internet em geral, e contra as redes sociais em particular:

Expondo a farsa que vem sendo a atual defesa da soberania no Brasil no suposto combate a Trump, Soros disse à Folha que “o conceito de soberania nacional agora faz parte do centro, da centro-esquerda e centro-direita, porque o comportamento de Trump é uma ameaça à soberania em todo o mundo”. Contudo, ele diz que “os progressistas não devem pensar no multilateralismo como uma perda de soberania, como no passado, porque, na verdade, ele é uma maneira de preservá-la. É preciso fazer alianças para se proteger, compartilhar o fardo, diminuir os riscos”.

Ao ser questionado pela Folha sobre as prioridades da Open Society no Brasil, Soros declarou que elas são “inclusão democrática, empregos verdes e justiça climática são muito importantes”, acrescentando que “trabalhamos com movimentos feministas e de minorias aqui” e que “temos parceiros locais na Amazônia para tentar encontrar maneiras de ter crescimento econômico, mas também cuidar do ambiente”.

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