O agente lobista do Estado de “Israel” no Brasil André Lajst, ex-militar das forças sionistas, participou do programa Flow Podcast no último dia 26, fazendo sua tradicional defesa do genocídio israelense do povo palestino e ataques à Resistência Palestina, liderada pelo partido revolucionário Hamas. Um trecho da participação do ex-militar israelense foi destacado pelo próprio em seu X, onde Lajst diz:
“O Hamas ainda recebe, por inúmeros motivos, apoio de parte da população da Faixa de Gaza. Para muitos, o Hamas representa uma forma de ‘resistência’.
No entanto, também há um número significativo de palestinos que criticam abertamente os métodos do grupo terrorista, sobretudo os ataques que colocam civis em risco, a repressão interna e o autoritarismo de seu governo em Gaza.”
Em primeiro lugar, é puro cinismo a suposta preocupação sionista com “a repressão interna e o autoritarismo de seu governo [do Hamas] em Gaza”. Segundo a insuspeita agência da ONU Unicef, mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas desde que “Israel” começou seus bombardeios criminosos contra o território palestino. Só esse dado já bastaria para demonstrar o quão cínica é a preocupação de Lajst com a suposta repressão do Hamas contra o povo palestino.
Nem que quisesse, o partido revolucionário conseguiria ser nada parecido com em termos de repressão e autoritarismo do que uma máquina de guerra que tirou milhões de pessoas de seus lares e assassinou dezenas de milhares, nas contas mais conservadoras, diga-se de passagem. Mesmo a desmoralizada e sionista Autoridade Palestina não conseguiria fazer contra os palestinos uma fração da barbárie cometida por “Israel”, sob pena de acabarem demolidos por outra organização de luta. O Hamas, finalmente, é a resposta para a capitulação da OLP e do Fatá, e da mesma forma que o partido sunita substituiu os antigos representantes dos anseios progressistas do povo palestino, também seria substituído se não contasse com um sólido apoio popular.
A declaração de Lajst, contudo, não é inocente. Ela se dirige a compor um esforço mundial do hasbará, a máquina de propaganda sionista, que ainda se esforça para caluniar e desacreditar os movimentos de libertação da Palestina, especialmente o mais desenvolvido de seus partidos, que é justamente o Hamas.
Com isso esclarecido, é digno de nota ver Lajst acusando a Resistência Palestina de serem grupos terroristas. Isso é dito para defender um Estado que chocou e ainda choca o mundo pela brutalidade em um grau que a humanidade jamais havia testemunhado, tendo como par apenas e tão somente a ocupação nazista do Leste Europeu e a do Japão na China, durante a Segunda Grande Guerra, onde o sadismo era a norma.
Ainda, diferente do Hamas que enfrenta os militares israelenses, “Israel” revida as derrotas sofridas pelos guerrilheiros palestinos atacando os civis palestinos, mulheres e crianças principalmente. Lajst fala em “métodos terroristas”, mas quem realmente usa o terror como método de ação é “Israel”. Mais recentemente, a ditadura sionista demonstrou como tem a política de matar cruelmente os árabes, realizando mais atentados contra famélicos desesperados em busca de comida.
Desde o famigerado Massacre da Farinha até os mais recentes atentados nos centros de distribuição de “ajuda humanitária”, é mais do que evidente que existe uma política deliberada de “Israel” para minar a moral dos guerrilheiros palestinos assassinando civis. É a própria realidade o que torna as colocações de Lajst uma mera propaganda imperialista.




