Editorial

Qual efeito de uma demissão em massa nos correios para o governo?

Estima-se que plano possa atingir de 4 mil a 10 mil trabalhadores

De acordo com informações veiculadas inicialmente pela grande imprensa, e posteriormente corroboradas por declarações de setores sindicais, o presidente dos Correios teria solicitado sua exoneração do cargo, insatisfeito com o plano de corte de gastos e demissões em massa. Estima-se que esse plano possa atingir de 4 mil a 10 mil trabalhadores, o que representa cerca de 10% do efetivo atual da empresa.

A proposta de reestruturação estaria sendo capitaneada pela Casa Civil, sob a liderança de Rui Costa, ex-governador da Bahia. Ainda que a assessoria do ministro tenha negado a intenção de promover demissões em massa, o discurso de “administração racional dos recursos” é interpretado pelos trabalhadores como um eufemismo para cortes brutais.

A crise junto aos trabalhadores dos Correios teve início com a chamada “taxa das blusinhas”, instituída pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como uma tentativa de equilibrar as contas públicas, mas que gerou prejuízos bilionários à estatal. Desde então, o governo vem se indispondo cada vez mais com a população, na medida em que tem se adaptado à pressão do grande capital.

A relação entre os trabalhadores dos Correios e o PT, historicamente marcada por greves e enfrentamentos, torna-se ainda mais tensa diante da possibilidade de um ataque de tal magnitude, que seria o mais severo desde a era de Antônio Carlos Magalhães no Ministério das Comunicações.

Mesmo dominada por militantes alinhados ao PT, a federação sindical dos Correios encontra-se sob forte pressão da base para adotar uma postura combativa. A nota oficial da federação denuncia a Casa Civil e afirma que “se vierem para o confronto, encontrarão resistência”, sinalizando a possibilidade concreta de uma greve nacional da categoria.

Do ponto de vista político, uma paralisação dos Correios desgastaria ainda mais o governo Lula, especialmente em meio à já delicada situação econômica e à proximidade do calendário eleitoral. No entanto, preservar a estabilidade política do governo à custa do sacrifício dos trabalhadores é inaceitável. A luta, neste caso, é não apenas legítima, mas necessária, mesmo que tenha como efeito colateral o desgaste do próprio governo diante da opinião pública.

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