Europa

Putin: se Ucrânia não quiser paz, Rússia vencerá militarmente

Presidente russo afirmou que Moscou avançará até cumprir os objetivos militares caso Quieve siga bloqueando um acordo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou neste sábado (27), durante visita a um posto de comando das Forças Armadas russas, que Moscou alcançará “todos os objetivos” da guerra por meios militares caso o governo da Ucrânia não aceite uma solução negociada. Segundo ele, Quieve segue “enrolando” o processo de paz mesmo quando são oferecidas condições “decentes” e garantias de segurança dentro de um “bom arcabouço”.

As declarações foram feitas no mesmo momento em que o alto comando militar informou a tomada de Huliaipole, na região de Zaporíjia, além de outras localidades, em mais um avanço considerado estratégico. Putin afirmou que, “a julgar pelo ritmo” do avanço ao longo da linha de contato, o interesse de Moscou em exigir a retirada das forças ucranianas de territórios que ainda ocupam “foi, de fato, reduzido a zero”. “Se as autoridades de Quieve não quiserem resolver a questão pacificamente, alcançaremos todos os objetivos […] da Operação Militar Especial por meios militares”, disse.

De acordo com Putin, embora existam “pessoas sensatas” nos países imperialistas que pressionam por um acordo, o governo ucraniano não demonstra disposição real para encerrar o conflito pela via diplomática. A afirmação ocorre em meio a novos apelos do ditador ucraniano, Vladimir Zelensqui, por mais dinheiro e armamentos aos patrocinadores imperialistas. Zelensqui alegou que as tropas ucranianas enfrentam falta de defesas antiaéreas e armamento, além de um “déficit constante de dinheiro”.

Ainda neste fim de semana, Zelensqui anunciou que se reunirá com o presidente norte-americano Donald Trump, na Flórida, para discutir um “marco” de paz. Antes do encontro, divulgou um plano de 20 pontos que, segundo ele, já teria sido discutido com os Estados Unidos. Moscou, porém, rechaçou a proposta. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riábkov, afirmou que o plano é “radicalmente diferente” do que vinha sendo discutido entre russos e norte-americanos e advertiu que, apesar de Moscou estar “plenamente pronta” para resolver o conflito, Quieve e seus aliados europeus buscam “torpedear” as negociações.

Paralelamente, setores do imperialismo europeu voltaram a levantar publicamente a hipótese de envio de tropas ao território ucraniano. Manfred Weber, dirigente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior bancada do Parlamento Europeu, defendeu que a Alemanha envie soldados como parte de um eventual acordo. “Não podemos esperar seriamente que Trump garanta um acordo de paz somente com tropas norte-americanas. E, quando falamos de tropas europeias, a Alemanha não pode ficar de fora”, disse Weber. Segundo ele, após um cessar-fogo ou acordo, “a bandeira europeia deve tremular ao longo da linha de contato”.

A Rússia tem repetido que não aceitará presença da OTAN na Ucrânia e aponta a expansão do bloco para o Leste como uma das causas centrais do conflito. O tema volta a ganhar força após conversas realizadas em Berlim, nas quais autoridades norte-americanas se reuniram com delegação ucraniana e líderes de Alemanha, França, Reino Unido e outros países europeus. Até o momento, o governo Trump não confirmou qual seria o grau de apoio a uma proposta europeia desse tipo. No interior do próprio aparato militar do imperialismo, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, advertiu que a criação de alternativas ao bloco não beneficiaria os membros europeus.

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