“A Rússia está pronta para responder a qualquer ameaça”, disse, nesta segunda-feira (23), o presidente russo Vladimir Putin, acrescentando que o país ainda apoia um caminho diplomático para aliviar as tensões, apesar das políticas destrutivas do imperialismo.
Falando antes da reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Putin advertiu em relação ao “extremo perigo de uma nova deterioração” da situação internacional, particularmente em meio ao conflito na Ucrânia.
Ele acrescentou que, embora a Rússia tenha oferecido “ideias específicas” para corrigir essa trajetória, esses “avisos e iniciativas não receberam uma resposta clara”.
“Não deve haver dúvidas sobre isso: a Rússia é capaz de responder a quaisquer ameaças existentes e recém-surgidas. Respondendo não com palavras, mas através da aplicação de… medidas técnico-militares”, alertou Putin.
Ele destacou a decisão da Rússia de abandonar a moratória unilateral sobre a implantação de mísseis terrestres de médio e curto alcance no mês passado, descrevendo-a como “um passo forçado” causado pela necessidade de combater os planos de implantar mísseis fabricados nos EUA e em outros países europeus e na região da Ásia-Pacífico.
No entanto, Putin enfatizou que a Rússia não está interessada em aumentar as tensões.
“Estamos confiantes na confiabilidade e eficácia de nossas forças de dissuasão nacional, mas ao mesmo tempo não estamos interessados em aumentar ainda mais as tensões ou alimentar uma corrida armamentista.”
Ele acrescentou que a Rússia sempre priorizou “métodos políticos e diplomáticos para manter a paz internacional, com base nos princípios de igualdade, indivisibilidade da segurança e consideração mútua de interesses”.
Putin sinalizou que a Rússia está pronta para prolongar o Tratado New START de 2010, o último pacto de controle de armas restante entre a Rússia e os EUA, que expira em fevereiro. Ele limita cada lado a não mais que 1.550 ogivas nucleares estratégicas implantadas e 700 sistemas de lançamento implantados, e prevê inspeções e trocas de dados para verificar a conformidade.
Esta iniciativa, disse Putin, “poderia fazer uma contribuição significativa para a criação de uma atmosfera propícia a um diálogo estratégico substancial com os Estados Unidos”.




