Nesta quinta-feira (30), o Ministério da Defesa da Federação Russa anunciou que Vladimir Putin, presidente do país, deu ordem para que as forças russas cessem durante seis horas os ataques às forças ucranianas, para que jornalistas possam chegar em segurança à frente em Pokrovsk (Krasnoarmeysk), Minorgrad (Dmitrov) e Kupyansk.
A ordem foi dada para que a imprensa internacional e ucraniana possa testemunhar e noticiar a situação catastrófica das forças ucranianas na frente de combate.
Recentes avanços significativos das forças russas nessas cidades, que ficam no Donbas, resultaram em cercos a tropas ucranianas.
No domingo, Valery Gerasimov, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa, informou a Putin, durante uma reunião da alta cúpula militar, que cerca de 5.000 militares ucranianos estão cercados em Kupyansk, e aproximadamente 5.500 estão cercados em Krasnoarmeysk.
As consequências é que as tropas cercadas tendem a entrar em colapso aceleradamente, pois o cerco impede a entrada de comida, munição e outros suprimentos. Tal situação indica que está se abrindo uma nova etapa de desagregação nas forças armadas ucranianas.
Já na segunda-feira (27), o Ministério da Defesa informou que cerca de 50 soldados ucranianos morreram ao tentar realizar três tentativas de romper o cerco das forças russas em Kupyansk. Semelhante situação se passou em Krasnoarmeysk, onde 60 militares ucranianos morreram e dois veículos blindados e três carros foram destruídos.
Conforme anunciado pelo Ministério da Defesa, a ordem de cessar-fogo temporário dada por Putin estava condicionada a que a Ucrânia fizesse o mesmo: fornecer garantias de segurança para os jornalistas, e também para as tropas russas.
No entanto, conforme noticiado pelo canal de comunicação DD Geopolitics, o governo ilegítimo de Vladimir Zelensqui, rejeitou e ainda ameaçou jornalistas que se arriscarem. Isto foi comunicado pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia:
“Francamente, não recomendo que os jornalistas confiem em nenhuma das propostas de Putin sobre corredores na zona de combate. Vi com meus próprios olhos como essas propostas terminam – 29 de agosto de 2014, em Ilovaisk. Também lembro a todos os meios de comunicação que qualquer visita ao território ocupado pela Rússia sem a permissão da Ucrânia constitui violação de nossa legislação e do direito internacional. Elas terão consequências legais e de reputação a longo prazo. Estamos monitorando isso de perto”, afirmou o porta-voz.





