Guerra da Ucrânia

Putin alerta que Zelensqui traiu promessas de campanha

Vladimir Putin, em recentes declarações, afirmou que Zelensqui se elegeu com retórica pacifista em relação ao Donbas, e traiu suas promessas de campanha

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez duras críticas ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusando-o de ter rompido suas promessas de campanha para buscar a paz no conflito do Donbass e, em vez disso, ter passado a atender aos interesses de nacionalistas radicais que, segundo ele, dominam o governo em Kiev. Em uma entrevista concedida ao jornal India Today, na última quinta-feira (27) e divulgada recentemente, Putin afirmou que Zelensky, eleito em 2019 com o compromisso de acabar com as hostilidades “a qualquer custo”, acabou por ceder à pressão de um grupo restrito de nacionalistas de ideologia nazista, deixando de defender os interesses do povo ucraniano.

Putin descreveu o regime ucraniano atual como muito semelhante a um regime neo-nazista, argumentando que o extremismo nacionalista que pauta a liderança na Ucrânia é praticamente idêntico ao nazismo. Isso faz com que o governo ucraniano busque impor suas condições pela força no campo de batalha, embora, segundo o presidente russo, essas tentativas tenham sido pouco eficazes. Reiterando que, apesar das tentativas dos ucranianos, a Rússia mantém posições firmes, e que a situação sobre o terreno reflete o fracasso das estratégias da Ucrânia de avanço militar.

Segundo Putin, a melhor solução para o conflito reside em um acordo pacífico com base nas propostas que a Rússia tentou negociar em 2022. Esse acordo envolveria a manutenção da Ucrânia fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), além do compromisso com a desnazificação e a desmilitarização do país. Essas medidas, segundo o líder russo, são essenciais para garantir a paz duradoura na região e o respeito pelas demandas russas.

Outro ponto enfatizado por Vladimir Putin foi o papel desempenhado pelos Acordos de Minsk, assinados em 2014 e 2015, que tinham o objetivo de conceder um status especial às regiões de Donetsk e Lugansk dentro do território ucraniano. No entanto, o Kremlin acusa o governo ucraniano de ter utilizado esses acordos apenas como uma forma de ganhar tempo para fortalecer suas forças armadas, uma afirmação que teve respaldo quando o ex-presidente ucraniano, Petro Poroshenko, admitiu que o principal objetivo do governo era usar os acordos para criar um poderoso exército. Isso contribuiu para a escalada do conflito e, em 2022, serviu de justificativa para a intervenção militar especial russa, que ocorreu para proteger a população russa na região do Donbass de um genocídio.

Assim, Putin insistiu que a chave para a resolução do conflito não está na continuação do confronto armado, mas na aceitação dessas condições para um cessar-fogo duradouro. No entendimento do presidente russo, o governo ucraniano deve abandonar a perseguição às promessas de paz que outrora fez e voltar a negociar com base no realismo que as circunstâncias exigem para evitar mais sofrimento e destruição na região.

Essa visão russa contrasta fortemente com a posição oficial da Ucrânia que mantém sua postura de agressão aos russos. As declarações de Putin refletem a continuidade do duro cenário na guerra entre Rússia e Ucrânia, com acordo para o fim do conflito ainda em cenários hipotéticos. 

 

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