Índios realizaram protestos nesta terça-feira (19) para exigir melhorias na atuação do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Cuiabá, que atende aldeias em 23 municípios. A principal reivindicação é melhorar o atendimento de saúde, que sofre com falta de estrutura, materiais e ambulâncias. A Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT) e lideranças locais defendem que a coordenação do distrito seja ocupada por um índio.
Assim, o governo exonerou o coordenador do DSEI. Desde o início do ano, os índios lutam contra a precariedade do atendimento, feito em contêineres sem ventilação, além da falta de materiais e de ambulância.
O governo alega que a comunidade é seminômade e muda de local frequentemente e isso seria o motivo para a dificuldade de tratamento. Como se não houvesse a possibilidade de comprar transportes para os índios ou para os próprios contêineres.
Segundo a comunidade, o Distrito Sanitário Indígena (DSEI) de Cuiabá, enviou contêineres para funcionamento de posto de saúde, mas falta refrigeração. Por causa do calor, os profissionais e os pacientes não conseguem ficar no local. Além disso, um dos contêineres chegou danificado e não tem uso.
Outra cobrança é a construção de poços artesianos e o envio de veneno para combater uma infestação de ratos, que colocam em risco a saúde de quase 1.500 indígenas. Em resumo, a saúde pública é inexistente para esses índios.
É preciso ampliar a mobilização em defesa dos direitos dos índios, principalmente conquistar a terra e acabar com o latifúndio, maior ameaça aos índios e trabalhadores rurais do Brasil.