Dezenas de ativistas da oposição do bloco Pobeda (Vitória) reuniram-se em frente ao Ministério do Interior, em Chisinau, capital da Moldávia, neste domingo (17), pedindo a libertação de 69 pessoas detidas durante os protestos contra o governo realizados no fim de semana. Chefiado por Maia Sandu, o governo moldavo é alinhado à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e vem sendo utilizado para provocar a Rússia.
Os manifestantes entoaram palavras de ordem contra o que chamaram de maus-tratos a manifestantes pacíficos pela polícia e condenaram as multas aplicadas a apoiadores da oposição. O protesto foi dispersado pela polícia, que desmontou um acampamento de tendas erguido pelos manifestantes. Eles pediam a libertação de prisioneiros políticos e o fim do que classificam como repressão politicamente motivada contra a oposição.
Segundo declarações da polícia, 69 pessoas foram detidas e 148 autos de infração foram lavrados contra os manifestantes por diversas supostas violações.
Ilan Shor, líder do bloco Pobeda, havia anunciado o início de uma campanha de protestos na sexta-feira (15). O bloco acusa a governante Partido Ação e Solidariedade da Moldávia de intensificar a repressão contra vozes oposicionistas no período que antecede as eleições parlamentares marcadas para setembro.
O governo da Moldávia tem sido alvo de críticas de observadores locais e internacionais por sua atuação contra a oposição. Em março, a chefe da autonomia da Gagaúzia, Yevgenia Gutsul, foi detida no aeroporto de Chisinau. Vários parlamentares da oposição também relataram terem sido detidos em aeroportos após visitas à Rússia.
Além das detenções, o governo bloqueou o acesso a mais de 100 canais do Telegram e fechou mais de uma dúzia de veículos de comunicação, incluindo a Sputnik Moldova e várias grandes emissoras de televisão.




