Neste sábado (29), durante a Análise Política da Semana, na Causa Operária TV (COTV), o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, anunciou que o canal realizará, na próxima quarta-feira (3), 12h, um programa especial dedicado a expor em detalhes o caso de Natália Pimenta e o funcionamento do que ele chamou de “indústria da morte” na saúde pública e privada.
Segundo Rui Pimenta, o objetivo da transmissão é mostrar, passo a passo, como a militante foi vítima de um aparato que nega tratamento a quem não consegue pagar por medicamentos caros. “Nós vamos fazer o seguinte: na quarta-feira agora, da semana que entra, nós vamos fazer um programa especial com as pessoas que participaram ativamente do processo de tratamento da Natália”, afirmou.
Ele explicou que a intenção é desmascarar a engrenagem montada em torno dos planos de saúde, da Justiça e do próprio Ministério da Saúde. “Nesse programa nós vamos mostrar que, por detrás desse sistema, existe uma verdadeira indústria da morte. O que aparece como sendo um sistema para salvar vidas é na verdade um sistema que é uma indústria da morte”, declarou.
Bastidores do tratamento e exposição do sistema
O especial da COTV vai contar com a participação do Departamento Jurídico do PCO e de militantes que acompanharam de perto a luta pelo medicamento que Natália precisava. “Nós tivemos um problema em todos os momentos. Nós tivemos que lutar contra uma resistência enorme”, resumiu Rui.
Ele destacou que a transmissão será dedicada a esclarecer cada etapa do processo, desde a prescrição do remédio até a negativa sistemática por parte do Judiciário e do Ministério da Saúde. “Então, vamos explicar aqui em detalhe. Eu queria convidar todos a assistirem porque é uma coisa muito importante compreender o que aconteceu”, disse.
Para o dirigente, a compreensão do caso é fundamental não apenas para a militância do PCO, mas para toda a população trabalhadora. “Nós devemos entender o seguinte: o caso dela não é um caso isolado. Atinge milhares, centenas de milhares, possivelmente milhões de pessoas”, afirmou, anunciando que o programa especial será o ponto de partida de uma campanha política mais ampla.
Ele adiantou que, no programa, o Partido pretende demonstrar como o sistema de saúde é moldado pelos interesses financeiros. “Eles estão sacrificando a coletividade em função dos interesses dos convênios, que são bancos, e da dívida pública, que também são dos bancos. Então é a coletividade que é sacrificada por um punhado de milionários, de bilionários”, apontou.
A expressão “indústria da morte”, que deve ser central na transmissão, resume a avaliação do PCO sobre a situação. “Existe uma verdadeira indústria da morte. O que aparece como sendo um sistema para salvar vidas é na verdade um sistema que é uma indústria da morte. E só não é pior porque alguns profissionais que têm consciência do que estão fazendo, senão seria uma coisa monstruosa”, afirmou.
Responsabilização e campanha permanente
Na Análise Política da Semana, Rui Costa Pimenta já havia antecipado que o PCO pretende partir do caso de Natália para uma ação política mais ampla, que incluirá iniciativas no Congresso Nacional. O programa especial de quarta-feira será a base dessa ofensiva. “Nós vamos fazer esse programa, nós vamos fazer uma campanha política. Nós já decidimos fazer uma campanha política”, declarou.
Ele reafirmou que o Partido irá buscar responsabilizar todos os envolvidos, tanto no Judiciário quanto no Executivo federal. “Nós vamos responsabilizar judicialmente todo mundo, todos os envolvidos, e nós vamos fazer campanha política. Nós queremos fazer uma denúncia ampla contra a monstruosidade que são os procedimentos no terreno da saúde pública e privada”, afirmou.
O presidente do PCO insistiu que o caso é uma espécie de teste para a própria autoridade do Partido diante da classe trabalhadora. “Se nós não conseguimos usar o caso que nós estamos sofrendo, aquilo que nós estamos sendo vítimas, para denunciar a situação, nós não temos credibilidade para defender ninguém, defender a classe trabalhadora brasileira. Não é um problema de defender os seus, é o problema de defender todos”, disse.
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