Professores da rede municipal de Niteroi (RJ) aprovaram uma greve a partir da próxima segunda-feira (10) em protesto contra medidas que afetam a educação infantil e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O sindicato da categoria denuncia cortes e mudanças que prejudicam o ensino e as condições de trabalho, como o fim da bidocência — modelo com duas professoras por turma na educação infantil — e o aumento do número de alunos nas turmas de 1 e 2 anos. A decisão foi tomada em assembleia virtual realizada no dia 28 de janeiro.
O fim da bidocência tem sido um dos principais pontos de insatisfação, já que impacta diretamente a qualidade do ensino e a carga de trabalho dos professores. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), a medida levará à redistribuição forçada de docentes e ao enfraquecimento do acompanhamento pedagógico das crianças. Além disso, a superlotação das turmas de 1 e 2 anos pode comprometer o desenvolvimento infantil e sobrecarregar os professores, dificultando um atendimento adequado aos alunos.
No caso da EJA, os professores alegam que o governo pretende substituir profissionais efetivos por duplas regências sem lotação fixa, o que enfraquece o ensino para adultos. Os educadores denunciam a realocação repentina para escolas diurnas, sem tempo para reorganizar suas vidas.
A prefeitura argumenta que as mudanças seguem as diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e que a rede municipal tem a maior proporção de professores por aluno no estado, o que não significa nada dada a terrível qualidade do ensino em geral.
Os professores devem se preparar para combater a prefeitura direitista de de Rodrigo Neves (PDT), que deve seguir a tendência do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e reprimir violentamente a greve para garantir o ataque aos professores.