O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD), apoiado pelo PT para reeleição em 2024, se mostra cada vez mais um fascista travestido de “aliado democrático”. No seu terceiro mandato (2021-2024), foi o carrasco da greve dos garis, que tiveram seu plano de saúde revogado durante a pandemia de Covid (!) e dos professores, que foram violentamente atacados logo após a eleição. Agora ele se alia ao governador bolsonarista para criar uma nova polícia assassina no Rio de Janeiro.
O prefeito anunciou na quarta-feira (1º) a criação de um grupo de trabalho para instituir uma força municipal de segurança armada. A divulgação foi feita no seu próprio discurso de posse. O objetivo seria enfrentar o que ele classificou como “uma das piores crises de segurança da história” do Rio. O governo municipal ainda pretende trazer egressos do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro) para compor os quadros em parceria com o MJSP (Ministério da Justiça e da Segurança Pública).
“[Será] uma força armada de atuação integrada e complementar às polícias, voltada para uma política de segurança de proximidade, prevenção e vigilância, e distribuída em áreas de alta circulação. […] É provavelmente o 1º projeto a ser enviado a esta Casa no início dos trabalhos do Poder Legislativo”, disse Paes.
Ou seja, a primeira medida do prefeito “democrático” eleito será criar uma nova força assassina no Rio de Janeiro, onde a polícia é conhecida por assassinar trabalhadores nas favelas todos os dias. Vale lembrar que o governador Claudio Castro (PL) bateu o recorde de chacinas em seu primeiro mandato e que elas foram realizadas não só pela PM, sob a jurisdição do estado, como também pela Polícia Civil, no Jacarezinho, e a PRF, na Vila Cruzeiro.
Nesse sentido, o Rio de Janeiro é a demonstração perfeita de que no Brasil a polícia, do âmbito municipal até o federal, é um esquadrão da morte. Eduardo Paes quer ampliar essa milícia fascista.
Segundo o prefeito: “apesar dos avanços a nível municipal, sabemos que o Rio ainda convive com uma das mais graves crises na segurança pública de sua história. É preciso que o governo do Estado assuma as suas responsabilidades constitucionais e atue com firmeza para reduzir os índices de criminalidade. Que policie as ruas com mais eficiência e haja para impedir a expansão territorial do tráfico e da milícia”.
De acordo com Paes, dentre os mais de 50 decretos que a prefeitura publicou no Diário Oficial da União, um deles é para “refundar a guarda municipal e torná-la mais eficiente, moderna e eficaz. Vamos substituir o modelo de inspetorias pelo modelo baseado em grupamentos especiais e programas. Fortalecer a academia da guarda para aprimorar a capacitação dos agentes e a corregedoria para garantir uma conduta exemplar”.
O prefeito anunciou também a expansão do Civitas (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública), aumentando a capacidade de monitoramento do centro com a ampliação do cerco eletrônico e uso da IA (inteligência artificial) para a “detecção visual de delitos”.
É um certificado de governo fascista. Ele irá transformar a Guarda Municipal ainda mais em uma nova polícia militar e não só isso, como também ampliará o sistema de vigilância contra a população usando inteligência artificial.
Aqui é preciso citar que a opressão que existe no Rio de Janeiro é em grande parte importada da Palestina ocupada. Os sionistas têm uma presença enorme em todo o Brasil e a cidade do Rio, sob a prefeitura de Paes, foi a primeira do Brasil a assumir a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, uma ONG sionista. O prefeito é um dos mais ferrenhos sionistas da direita tradicional.
O sionismo se expressa fora da Palestina na máquina de repressão do Estado. É quase certo que esse sistema de IA que Paes trará já foi testado por “Israel” contra palestinos.
Os “caveirões”, carros blindados que atacam os trabalhadores nas favelas, também são testados na Palestina. O antigo governador do RJ, Witzel, chegou a importar drones que disparam balas reais, também uma invenção de “Israel”.
Esse é o “aliado democrático” que a esquerda pediu para os trabalhadores apoiarem nas eleições de 2024. Pediram para votar no “defensor do samba e da cultura carioca” e no final o voto era em um “Netaniahu brasileiro”.
Não existe problema de “segurança pública”, existe a miséria e a desigualdade. O necessário é garantir que todos os trabalhadores tenham emprego, moradia, direitos trabalhistas, etc. Isso sim pode acabar com a “crise de segurança”.
É absurdo falar em “crise de segurança” quando centenas de milhares passam fome na Cidade Maravilhosa. Paes é um fascista, quer que a polícia mate mais pessoas. É um inimigo dos trabalhadores e deve ser considerado como tal. A política correta a ser mantida em 2025 é: fora Eduardo Paes!