Rio Grande do Sul

Preso político Ric Jones é proibido de ver netos

Defensor do parto humanizado, médico obstetra alvo de perseguição dos Conselhos Federal e Regional de Medicina, bem como do Judiciário

Nesta sexta-feira (25), Ric Jones teve negado o direito de ser visitado por seus netos. Conforme denúncia daqueles que acompanham o processo, o juízo da execução negou o direito sem qualquer motivo fundamentado.

Ricardo Hebert Jones é médico obstetra defensor do parto humanizado e colunista do Diário Causa Operária (DCO). Por denunciar as práticas desumanas contra gestantes que predominam nos hospitais brasileiros e oferecer a alternativa do parto humanizado, Jones vinha sendo perseguido há anos pelos Conselhos Federal e Regional de Medicina, tendo seu registro cassado em 2016.

Jones, que tem 65 anos, está cumprindo pena de 14 anos de prisão em regime fechado desde 26 de junho.

A condenação persecutória, a prisão, utilizou como pretexto um parto domiciliar realizado por Jones no qual o bebê veio a falecer 24 horas depois. Contudo, conforme já denunciado neste Diário, o bebê veio a falecer no hospital, por conta de uma pneumonia congênita. 

Além disto, no hospital, o recém-nascido recebeu óxido nítrico, um gás medicinal crucial para seu quadro de hipertensão pulmonar, que estava vencido havia mais de 30 dias, conforme denunciado à época. Acrescenta ainda que  a própria equipe registrou em prontuário que a “célula de óxido nítrico estava vencida” e que, por essa falha, não era possível monitorar adequadamente os parâmetros do bebê. 

Mesmo ciente do problema e da falta de monitoramento fidedigno, a equipe médica aumentou a dose do gás, em uma conduta classificada como “extremamente temerária”.

De forma que ficou comprovado que o parto realizado por Jones não teve nenhuma relação com a morte do recém nascido. No entanto, diante da perseguição dos conselhos de medida, somados a um judiciário reacionário, Jones foi condenado e preso ilegalmente.

À ilegalidade de sua prisão se soma a decisão do juízo de execução de proibi-lo de receber visitas de seus netos, conforme informado no início desta matéria, mais uma demonstração de que se trata de uma perseguição e da atuação criminosa do Judiciário brasileiro.

Esta proibição nos remete à perseguição sofrida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando estava preso em razão dos processos farsescos e persecutórios no âmbito da Lava Jato, operação do imperialismo. Em janeiro de 2019, Lula foi impedido de comparecer ao velório de seu irmão em São Bernardo do Campo (SP). No dia 30 daquele mês, o Ministro Dias Toffoli cínica publicada dez minutos antes do sepultamento do irmão de Lula. À época, Lula estava preso ilegalmente havia 299 dias em Curitiba (PR).

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