O Ministério da Justiça e Segurança Pública iniciou a construção de uma muralha ao redor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), após a primeira fuga registrada no Sistema Penitenciário Federal em fevereiro de 2023. É um plano de ditadura fascista contra os prisioneiros. Invés de investir em ressocializar os presos a política de repressão do Estado é de torturar a população carcerária.
O projeto, que também inclui torres de vigilância, segue o modelo da Penitenciária de Brasília e conta com um investimento de R$ 37 milhões. A obra sofreu atrasos e deveria ter começado no segundo semestre de 2023.
Além da muralha, diversas melhorias de segurança foram implementadas em Mossoró, como a aquisição de viaturas semi blindadas, câmeras digitais, drones de vigilância e leitores faciais para controle de acesso.
A iluminação do complexo foi reforçada, e as celas passaram por adaptações estruturais. Também foi implantado um novo plano de defesa, com treinamento especializado para os agentes da unidade.
Ou seja, um investimento milionário na repressão da população, algo que não terá impacto nenhum em baixar a criminalidade, que é um problema social.
O prazo para conclusão da obra varia entre oito e 12 meses, mas o Ministério da Justiça espera finalizá-la em oito meses. A penitenciária de Brasília é atualmente a única do país com muralha. A previsão é que essa estrutura de segurança seja expandida para outras unidades federais, incluindo Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). Ou seja, é um plano fascista geral do aparato de repressão do Estado.
Quanto mais investimento em presídios pior será a ditadura sobre a população pobre, principalmente negra. O Estado não deve investir mais um centavo em presídios, pelo contrário, é preciso fechar grande parte dos que existem atualmente, que são verdadeiras câmaras de tortura da população pobre.