Durante a Plenária Estadual do Partido da Causa Operária (PCO), realizada nesse sábado (2), o presidente do Diretório Zonal do Partido dos Trabalhadores do Centro de São Paulo, Charles Gentil, fez uma intervenção enfática em defesa do PCO diante da ameaça de cassação de seu registro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Militante histórico da esquerda, Charles declarou sua “profunda repulsa” contra o processo movido pela Justiça Eleitoral e afirmou: “o PCO é um partido necessário”.
Charles relembrou a atuação conjunta do PT, PCO e PCdoB nos Comitês de Luta pela liberdade de Lula durante o governo Bolsonaro. “Estivemos juntos numa das maiores batalhas pela dignidade do povo brasileiro”, disse. Ele destacou que o PCO “foi um dos primeiros que se colocou na linha de frente para defender Lula” e que isso é, para ele, “motivo de gratidão imensa”.
Emocionado, o dirigente também compartilhou um momento pessoal difícil vivido enquanto assumia a presidência do PT-Centro, quando perdeu a esposa em circunstâncias trágicas. Segundo ele, foi a aliança construída com os companheiros da esquerda, especialmente na luta contra o bolsonarismo, que o manteve de pé. “Eu só estou de pé aqui hoje por causa dessa aliança que fizemos para combater o governo de Bolsonaro, aquele horror”, afirmou.
Charles condenou duramente a atuação do Supremo Tribula Federal (STF), a quem acusou de cometer uma “suprema injustiça” ao tentar eliminar um partido de esquerda como o PCO. “Não é possível que toleremos que o Supremo Tribunal Federal cometa essa suprema injustiça de tentar cassar o PCO, que é sim um partido necessário”.
Ele elogiou a postura do PCO em questões internacionais, como a solidariedade à Palestina. “Foi o primeiro também que se colocou na defesa dos palestinos e não se acovardou na defesa do Hamas, porque um povo tem direito a insurgir-se contra a opressão e a exploração”.





