Economia

Presidente de Haddad não é Lula, mas Campos Neto

Ministro da Fazenda foi defendido por ex-presidente do Banco Central

O ex-presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto, elogiou publicamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, exibido na última terça-feira (8). A declaração demonstra que Haddad age não como um ministro de Lula, mas como um agente do grande capital, que mantém a política econômica a serviço dos banqueiros e contra os trabalhadores.

Campos Neto, arquiteto da política de juros extorsivos do Banco Central, não apenas defendeu Haddad como afirmou que o ministro “tentou fazer um ajuste fiscal” dentro de um governo que, segundo ele, não teria “preocupação com o fiscal”. Ou seja, Haddad é o “homem de confiança” do mercado dentro do governo, aquele que tenta frear qualquer medida que beneficie o povo para garantir os lucros dos especuladores.

Na entrevista, os apresentadores do Pânico mostraram a Campos Neto um meme que viralizou nas redes, no qual Haddad é chamado de “Taxadinho Gaúcho” – uma referência ao ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, mas com trocadilhos sobre o aumento de impostos. A brincadeira, que espalhou entre a direita, na verdade esconde uma verdade inconveniente para o governo: Haddad não é um “taxador” por acaso, mas porque sua política econômica é feita sob medida para a burguesia.

Haddad age como um cavalo de Troia do capital financeiro. Sua preocupação não é taxar os ricos, mas garantir que o Estado continue pagando a conta dos juros altos e dos lucros exorbitantes dos bancos. Prova disso é que, mesmo com Campos Neto fora do BC, a taxa Selic permanece nas alturas, com Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a presidência da instituição, trabalhando para manter os juros altos, de forma que sufoque a economia e beneficie apenas os especuladores.

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