O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou uma nova “operação de segurança” para retirar as barricadas das comunidades da capital, da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana. A medida, apresentada como um esforço para “garantir a circulação de serviços essenciais”, é, na verdade, mais uma ofensiva repressiva contra a população pobre do estado.
De acordo com o próprio governo, a operação — que contará com as secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura, Cidades e Agricultura — começará nesta quinta-feira (13). As forças policiais ficarão encarregadas da chamada “cobertura de segurança” durante a remoção. Na prática, isso abrirá o caminho a reocupação militar de favelas, o que resultará em novas chacinas.
O governo alega que a remoção das barreiras visa liberar vias de transporte e rotas de serviços públicos. É uma mentira que tenta disfarçar o verdadeiro objetivo da ação. Todos sabem que as barricadas não servem para impedir ambulâncias ou ônibus, mas sim para tentar proteger os moradores das invasões policiais — as mesmas que transformam comunidades inteiras em campos de guerra.
O exemplo mais recente é a operação nos Complexos da Penha e do Alemão, que deixou pelo menos 130 mortos. Corpos foram jogados no mato, casas metralhadas, moradores torturados e mulheres espancadas. O massacre foi apresentado como “combate ao crime”, mas apenas confirmou o que a população trabalhadora já sabe: a polícia não entra nas favelas para proteger ninguém, e sim para matar.





