Minas Gerais

Prefeito ameaça greve dos professores de BH com corte no ponto

Chefe do governo municipal, Álvaro Damião declarou reconhecer direito de greve, mas afirmou que não pagará os servidores pelos dias não trabalhados

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), anunciou na última sexta-feira (27) o corte do ponto dos professores em greve e a intenção de acionar a Justiça contra a mobilização. Essa postura truculenta do prefeito é um ataque frontal aos direitos dos educadores, buscando intimidar a categoria e desmobilizar a paralisação que já dura 22 dias. A responsabilidade pela interrupção do serviço nas escolas municipais não é dos professores, mas do próprio prefeito, que se recusa a atender as justas reivindicações salariais e de condições de trabalho da categoria.

Em entrevista coletiva, Damião declarou que reconhece o direito de greve, mas afirmou que não pagará os servidores pelos dias não trabalhados.

“É um direito dos trabalhadores, mas nós temos que pensar nas crianças. Nós temos que recorrer à Justiça a partir de agora. (…) Na semana que vem já é dia de passar as folhas de ponto. Os professores vão perceber que todos os dias de greve foram cortados. Não existe a possibilidade de pagar uma pessoa que não foi trabalhar. Eu não posso fazer isso.”

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) afirmou não temer a judicialização da greve. “A greve é um direito legal, tudo que fizemos está dentro das previsões legais, não há motivo para temermos a judicialização. Se for necessário faremos as defesas necessárias junto ao judiciário. O que pode de fato colocar fim a greve é a negociação”, alegou o Sind-Rede/BH.

O Executivo municipal alegou ter feito 34 reuniões com o sindicato, mas o Sind-Rede/BH contrapôs que apenas duas dessas reuniões abordaram as reivindicações salariais, as quais a categoria rejeitou, incluindo um aumento de apenas 2,49%.

Os professores reivindicam 6,27% de recomposição salarial, com base no reajuste do piso nacional do magistério, além do preenchimento imediato das vagas do quadro de professores e a redução do número de estudantes por sala de aula, que atualmente gira em torno de 30. O Sind-Rede/BH informou que a adesão à greve é de 80%, com oito de cada dez trabalhadores paralisados.

Esse número diverge do apresentado pela Secretaria Municipal de Educação, que alega que mais da metade dos professores (51%) estão em sala de aula. O prefeito também anunciou a reabertura de todas as escolas municipais para distribuição de merenda, mesmo sem o retorno dos professores, em uma manobra que tenta desviar o foco da greve

A cantineira estará lá para atender a criança, disse o prefeito. Essa medida, embora aparente preocupação com as crianças, é na verdade uma forma de pressionar os grevistas. A greve deve ser mantida para pressionar o governo municipal a atender as reivindicações dos educadores e garantir uma educação de qualidade para todos. O corte de ponto e a judicialização são táticas de intimidação que não podem intimidar a classe trabalhadora.

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