O jornal The Cradle trouxe, nessa semana, a notícia de que foram realizadas novas tentativas de cessar-fogo, com propostas dos EUA para o Movimento da Resistência Islâmica, Hamas, através de seu líder Khalil al-Havya. No entanto, a proposta que envolvia a condição de rendição da organização palestina e a sua saída da Faixa de Gaza foi categoricamente rejeitada.
A proposta ainda colocava que, supostamente, haveria passagem segura para combatentes do Hamas e suas famílias, garantias financeiras e promessas de proteção contra assassinatos. Diante da recusa, os EUA comunicaram Netaniahu, que, por sua vez, intensificou os ataques do exército sionista, tentando o desarmamento e a rendição da organização palestina, mesmo sem o acordo de cessar-fogo.
A matéria ainda traz uma pesquisa da imprensa israelense em que 69% dos israelenses apoiam um acordo abrangente para trazer de volta os prisioneiros israelenses e 70% afirmam que não confiam mais no governo Netaniahu, mostrando uma grande fraqueza política não só do primeiro-ministro, mas também do regime sionista que busca no genocídio a tentativa de se manter. Ainda segundo o The Cradle, “Israel” tem travado as negociações com exigências inconsistentes e perturbadoras, como a mudança a todo momento do número de prisioneiros a serem trocados e o número de dias de cessar-fogo, deixando evidente que é o sionismo o único lado que quer manter o conflito.
No fim do artigo é colocado que, mesmo diante de tantas adversidades colocadas pelo genocídio e pelo bloqueio econômico, a proposta de rendição e exílio é algo impensável para o Hamas. A posição é para reafirmar a própria ideia da organização e a prática da resistência. O exílio significaria o fim do Hamas e a liquidação da luta armada que defende o povo palestino. Além disso, a rendição irá acelerar o processo de deslocamento em massa dos palestinos e que iria se expandir da Faixa de Gaza, para a Cisjordânia, sendo o fim da causa palestina.
A posição acertada do grupo se exemplifica na história em que assim que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) saiu do Líbano, os moradores ficaram indefesos e foram assassinados, desta vez sem resistência. Uma fonte do Hamas disse ao The Cradle que o grupo irá continuar na batalha e que se for para ser eliminado, que seja numa batalha honrosa e não no exílio.