Editorial

Por uma Internet sob o controle dos usuários 

O programa democrático para as redes sociais é o seu controle pelos usuários e não pelos governos, ou seja, pelos capitalistas 

A crise da empresa Meta de Mark Zuckerberg, que engloba Facebook, Instagram e WhasApp, levantou mais uma vez o debate sobre os monopólios das redes sociais. O principal bloco do imperialismo, ligado ao Partido Democrata, quer o controle total, a censura extrema dessas redes. Essa política de intervenção pesada da CIA e do FBI nas redes criou uma enorme crise dentro das empresas. Primeiro veio o X com Elon Musk, agora a Meta de Zuckerberg. Diante desse problema a esquerda não apresenta nenhuma política, fica a reboque do imperialismo que quer impor a censura nas redes.

A política do imperialismo é a de controle total da informação. Querem impor o monopólio nas redes sociais como fizeram no rádio e na televisão. Querem impedir que os bilhões de usuários debatam política, divulguem informações como, por exemplo, o genocídio na Faixa de Gaza. Para defender a censura eles alegam que estão combatendo o fascismo. Mas essa política na verdade é o caminho direto para o fascismo, o cerceamento da liberdade de expressão.

A extrema direita apresenta uma política, fica ao lado de Elon Musk. Mas a esquerda é incapaz de apresentar a sua política, se torna um apêndice do imperialismo ao defender a censura. Qual deve ser então a política da esquerda? Uma Internet sob o controle dos bilhões de usuários, ou seja, dos trabalhadores.

Primeiro, é preciso garantir o sigilo da comunicação. Em todas as grandes redes sociais a espionagem é total. Não há privacidade, a CIA tem acesso a todas as informações dos usuários. Seria necessário acabar com isso de uma vez por todas.

Segundo, é preciso acabar com o próprio monopólio. As redes não possuem uma comunicação direta entre si, isso impede que as pessoas migrem facilmente de uma rede para outra o que fortalece o seu monopólio. Caso houvesse um processo simples de transferência de contas o monopólio se enfraqueceria muito.

Terceiro, é preciso acabar com a censura dos algoritmos. Eles devem ser transparentes e controlados pelos usuários. Os monopólios não têm o direito de escolher que informação cada usuário irá receber, isso é um método de censura.

Quarto, as lojas de aplicativos e os sistemas operacionais também são uma forma de manter o monopólio. Certas redes são banidas das lojas devido ao controle dos monopólios, ao mesmo tempo alguns aplicativos não funcionam em certos sistemas operacionais como a Apple puramente para manter o monopólio. Isso é mais uma forma de controle sobre as redes sociais.

Estes são apenas alguns aspectos principais para acabar com essa ditadura. A esquerda deve defender um programa democrátic para as redes sociais, que elas sejam controladas pelos próprios usuários. Que seu controle seja retirado das mãos dos governos, ou seja, das mãos dos capitalistas que controlam esses governos. As redes sociais devem ser controladas pela classe operária.

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