A situação na América do Sul entrou em um ponto crítico. A Venezuela está sob ameaça direta de agressão imperialista, e ainda que não seja possível prever se haverá uma guerra de fato, é preciso se preparar para ela. O imperialismo, cada vez mais em crise, vem abrindo frentes em diversas partes do mundo — na Ucrânia, no Oriente Médio, na Ásia e agora também na América Latina. O objetivo é o mesmo: disciplinar os países em torno de sua política genocida.
Os Estados Unidos alegam que agem em nome da “democracia”, mas essa justificativa é um insulto à inteligência do povo latino-americano. O mundo está cheio de regimes ditatoriais apoiados pelos norte-americanos — da Arábia Saudita a “Israel” — e isso nunca foi motivo de intervenção. A verdade é que os Estados Unidos se arrogam o direito de decidir quem pode governar cada país do planeta, como se fossem tutores da humanidade. Nenhum povo lhes concedeu tal autoridade. Trata-se de uma agressão aberta à soberania venezuelana.
O momento é de incerteza. Há um jogo complexo de forças em curso, com a Rússia, a China e outros países tentando frear a ofensiva norte-americana. Não se sabe até que ponto esses países irão intervir caso a agressão se concretize. Mas, diante da escalada das tensões e do histórico de sanções, sabotagens e ameaças, é necessário acender o alerta: a agressão deverá acontecer em algum momento. É sob essa perspectiva que o movimento operário e popular precisa agir.
Os trabalhadores, todas as organizações de esquerda e os setores que se opõem à dominação imperialista precisam se mobilizar desde já. É necessário construir uma grande campanha internacional em defesa da Venezuela, da sua soberania e do seu povo. Uma campanha de massas, que denuncie a política criminosa do imperialismo norte-americano e mobilize o povo brasileiro contra qualquer tentativa de intervir militarmente na política latino-americana.
A defesa da Venezuela é a defesa de toda a América Latina. É a defesa do direito dos povos à autodeterminação, contra o saque, o bloqueio e a intervenção militar. Todo apoio à Venezuela!





