Um estudo realizado pela Escola de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas revelou uma queda no número dos beneficiários, no número de famílias e no valor que o governo federal destina ao custeio do Bolsa Família, em comparação ao início de 2023.
A justificativa apresentada por esses analistas e também pelo governo federal, é que a queda nesses números se justifica porque os beneficiários do programa estão em condições econômicas melhores e não precisam mais do benefício, além de que estaria sendo feito um rigoroso “pente-fino” para excluir aqueles que estariam recebendo o benefício de forma indevida.
Desde o início do governo Lula, em 2023, 2,7 milhões de famílias foram desligadas do programa, sendo que 1,9 milhão somente em 2025. O valor repassado para o programa também caiu, de R$15 bilhões por mês, em junho de 2023, para R$12,9 bilhões em outubro de 2025.
Apesar do aumento do custo de vida no período, o valor do benefício continua congelado em R$600 por família.
A queda contínua nesses números é consequência da política neoliberal de austeridade, que pressiona para que o governo federal destine cada vez menos recursos para programas sociais, para que destine cada vez mais aos banqueiros, que através do pagamento ilegal dos juros da dívida pública, que atualmente consome metade do orçamento nacional.
Os dados apresentados indicando uma suposta melhora na condição de vida da população, vão na contramão da realidade em que mais de 925 mil famílias preenchem os requisitos para entrar no Bolsa Família, mas não estão cadastradas porque não há autorização do pagamento para elas.
É preciso dar um basta na política neoliberal, imposta pela burguesia e implementada por parte do governo federal, que prioriza o bolsa-banqueiro às custas da fome e da pobreza de milhões de brasileiros.
É preciso aumentar o montante destinado ao Bolsa Família, além de aumentar o valor do benefício para que seja pago no mínimo um salário mínimo por família, cujo valor previsto no orçamento de 2026 é de R$1.621





