A eleição da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (AdUEMS) marcada para os próximos dias 25 e 26 de fevereiro de 2025, está ameaçada por uma grave crise provocada pela diretoria dissolvida após renuncia do ex presidente.
No dia 2 de dezembro passado, o ex-presidente da ADUEMS, Esmael Machado, depois ser candidato derrotado nas eleições municipais, mas agraciado com cargo pela Reitoria.
No mesmo dia, o atual candidato da chapa 1 ofereceu seu nome para disputar as eleições. E ainda, no mesmo dia foi lançado um edital com um cronograma de eleição, sem comissão eleitoral e com apenas 15 dias para inscrição de chapas.
Depois de tentar realizar o processo no fim do ano letivo, sem garantir sequer tempo hábil para que pudesse ser inscrita uma chapa de oposição e houvesse um debate na categoria, a secretária geral teve de abrir o processo eleitoral por decisão de
assembleia da categoria, semanas depois.
O ativismo de base se mobilizou e mesmo em pleno período de férias, conseguiu inscrever uma chapa com apoio em todos os campis da Universidade.
Com maioria na Comissão Eleitoral – e sem ouvir a minoria e tampouco a categoria – os aliados da Chapa 1 acabam casando – de forma antidemocrática – a inscrição da chapa 2, de oposicao
Contrariado, em pleno período de férias, mais de 100 professores (cerca de 25% dos associados da ADUEMS) assinaram recurso reivindicando que a diretoria convocasse assembléia para deliberar sobre o recurso e garantir a realização de um processo democrático, que foi protocolado na seção sindical no dia 31 de janeiro
Um dia antes de findar o prazo máximo para a Secretária Geral chamar a assembleia, o departamento jurídico da ADUEMS se manifestou através de um panfleto para negar o pedido de assembleia feito por amplos setores da base da categoria filiados à ADUEMS.
Mostrando o descaso com as reivindicações democráticas da categoria, o jurídico afirma que “a assessoria jurídica da AdUEMS recomendou o arquivamento da manifestação que tinha intenção de convocar a Assembleia Geral em razão da ausência de legitimidade das assinaturas”, sem maiores explicações .
É claro que a conduta antidemocrática da atual diretoria – que nunca tira panfletos para mobilizar a categoria para nada – mas resolver agir para atuar na defesa dos seu próprios interesses – causou enorme indignação entre os professores.
A conduta da atual gestão serve apenas aos interesses dos inimigos dos professores e do ensino público; enfraquece a ADUEMS.
Além do golpe da cassação, a “chapa branca” quer realizar as eleições de forma virtual, por meio de um sistema privado (da Empresa DouraSoft0), sem qualquer controle da categoria.
A base do sindicato vem se mobilizado para tentar impor um processo transparente e democrático nas eleições do sindicato. É preciso Denunciar o golpe e exigir eleições livres e democráticas na ADUEMS para fortalecer a entidade e a luta dos docentes e de todos os trabalhadores por suas reivindicações.