A agressão de “Israel” contra a cidade e o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, completou 59 dias consecutivos, mantendo uma escalada militar que inclui demolições de residências, incêndios criminosos e a conversão de casas em postos militares. Nos últimos dias, as forças de ocupação intensificaram a presença de tanques, maquinário pesado e tratores para acelerar as demolições, impondo mais sofrimento à população palestina.
Simultaneamente, a cidade e o campo de refugiados de Tulcarém vivem sob ataque há 53 dias, com famílias sendo forçadas a fugir em meio ao cerco e à violência. No campo de refugiados de Nur Shams, a ofensiva já dura 40 dias, marcada pela destruição sistemática de infraestrutura e pela intensificação das prisões em toda a Cisjordânia. Até o momento, 66 casas foram demolidas no campo de Nur Shams, de acordo com o Comitê de Serviços Populares local.
Em Jenin, a violência sionista já resultou na destruição parcial ou total de 512 residências e instalações, além de novas notificações de demolição emitidas para mais de 60 casas, que podem ser executadas nas próximas 24 horas. A destruição também atinge as vias públicas: todas as ruas do campo de refugiados foram arrasadas por tratores, enquanto cerca de 80% das vias da cidade de Jenin também foram danificadas, deixando os moradores completamente isolados. Estima-se que 21 mil pessoas tenham sido deslocadas, enquanto a economia local enfrenta um colapso, com aumento significativo da pobreza.
Na última quarta-feira, as forças de ocupação assassinaram um jovem palestino no campo de refugiados de al-Ain, em Nablus, além de ferir e prender diversos outros durante invasões nos campos de Balata e Askar. Segundo fontes locais, unidades especiais infiltradas abriram fogo contra um veículo, matando Uday Adel al-Qatouni, que se encontrava próximo ao carro alvejado.
Enquanto a destruição segue em Jenin e Tulcarém, as forças de ocupação impuseram um cerco ao campo de refugiados de al-Ain, realizando invasões domiciliares e expulsando famílias inteiras, incluindo idosos, crianças e pessoas doentes. As agressões também se estendem à cidade de Arabbuna, ao noroeste de Jenin, onde novos ataques foram registrados.
As ações violentas de “Israel” em Jenin e nos demais campos de refugiados da Cisjordânia revelam a continuidade de uma política genocida contra o povo palestino, que enfrenta a brutalidade da ocupação sionista e a colaboração da Autoridade Palestina, que persegue e reprime combatentes da resistência. Ao todo, 36 civis já foram mortos em Jenin, incluindo dois assassinados pelas forças de segurança da própria Autoridade Palestina, enquanto mais de 227 palestinos foram presos desde o início da ofensiva.