Os atos do dia 21 de setembro, que foram convocados pela rede Globo e por organizações não governamentais (ONGs) controladas pelo imperialismo, conseguiram arrestar toda a esquerda pequeno-burguesa brasileira. Desde os setores mais ligados ao governo Lula aos partidos que se dizem “revolucionários” participaram da manifestação que defende o fim da imunidade parlamentar.
Além de fornecer uma cobertura para um verdadeiro golpe de Estado, que consiste na instituição de uma ditadura do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Congresso Nacional, a participação da esquerda pequeno-burguesa nos atos também serviu para aprofundar um fenômeno corrente nos últimos anos.
Na medida em que a esquerda pequeno-burguesa vem adotando o programa do imperialismo a cada momento decisivo da luta política, ela está entregando à extrema direita a defesa dos direitos democráticos da população. Hoje, no Brasil, a extrema direita se apresenta como defensora da liberdade de expressão. Da mesma forma, parte se apresenta como crítica do STF e defensora da imunidade parlamentar.
O PT, o PSOL, o PCdoB e toda a esquerda identitária criaram as condições para a extrema direita, que defende o sionismo e a ditadura militar, hoje se apresentam como defensores do povo. Foi a esquerda pequeno-burguesa, em sua capitulação vergonhosa diante do imperialismo, que deu munição para a extrema direita.





