No último dia 8, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, prendeu em Joinville–SC um homem de 28 anos sob a acusação de apologia ao nazismo. Segundo a polícia, ele teria feito postagens em suas redes sociais enaltecendo a Alemanha nazista e proferindo discurso de ódio contra judeus. Na ação, foram apreendidos dois aparelhos celulares, encaminhados à perícia. As investigações continuam para verificar se o acusado integra alguma organização que atue de forma coordenada.
Prisões sob a acusação de apologia ao nazismo têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil. Em junho, um homem foi detido em Porto Alegre–RS por manter em sua residência uma bandeira nazista e uma fotografia de Adolf Hitler afixada na geladeira.
Os dois episódios são exemplos de um início de uma campanha repressiva que hoje aparenta atingir somente os nazistas, um grupo pequeno e inexpressivo, mas já tem atingido figuras de esquerda e logo irá se virar contra toda a população em grupos maiores e de maneira mais descarada.
A prisão de uma pessoa por causa de comentários nas redes sociais, por mais estúpidos que eles possam ser, é algo muito grave e muito menos pode caber a polícia determinar o que é passível de prisão ou não. Além da acusação de apologia ao nazismo, ele também foi acusado de praticar antissemitismo, que tem sido uma acusação comum feita pelos sionistas contra quem denuncia o genocídio contra o povo palestino.
O caso não deixa de ser mais um episódio de ataque a liberdade de expressão, pois finalmente tratam apenas de postagens em redes sociais – isso ainda supostamente, uma vez que nem o nome nem as postagens feitas pelo homem foram divulgadas.


