A Polícia Militar (PM) do estado da Bahia assassinou, em apenas 18 dias, mais de 50 pessoas, segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado. Segundo relatório da SSP, a maioria dos assassinados era de homens com idade entre 18 e 36 anos, que teriam “entrado em confronto com a polícia”.
O quadro torna-se ainda mais grave em razão do fato de que o estado da Bahia é governado por Jerônimo Rodrigues, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Essa verdadeira chacina, debaixo dos olhos de um governo de esquerda, mostra que a população não tem absolutamente nenhum controle sobre a atuação da polícia, nem mesmo por meio de seus representantes eleitos. Trata-se de uma instituição organizada para assassinar a população trabalhadora, exatamente como faz “Israel” com os palestinos.
Dizer que “houve confronto com a polícia”, pretexto usado constantemente pela PM para justificar sua chacina, é exatamente a mesma conversa furada que faz o estado genocida de “Israel” quando afirma que está assassinando terroristas na Palestina.
A Polícia Militar, assim como todas as outras instituições policiais do País, entra nos bairros pobres e assassina, tortura e prende pessoas de forma absolutamente indiscriminada e violenta, “justificando” toda sua monstruosidade com o apoio da imprensa burguesa e inimiga da população, alegando que está caçando “bandidos”.
É preciso pôr fim à chacina perpetrada pela polícia. Contrariando a vontade da burguesia inimiga do povo brasileiro, a população deve exercer sua própria segurança. Cada vila, bairro, comunidade ou local de trabalho, por meio do voto popular, deve escolher pessoas que serão responsáveis pela segurança do local ou região. Isso deve ser controlado e organizado pelo próprio povo, por meio de comitês de autodefesa. O representante escolhido tem ligação direta com a população, conhece as pessoas do local, as identifica e toma decisões junto à comunidade.