Rio de Janeiro

PMs assassinam menino de 16 anos com tiro na cabeça

Adolescente voltava para casa com amigos quando foi baleado pelas costas

Na última sexta-feira (30), policiais militares do 15º BPM assassinaram o estudante David Silva Pereira, de 16 anos, com um tiro na cabeça durante abordagem em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. O jovem voltava para casa com amigos quando foi baleado pelas costas. A mãe testemunhou o ocorrido e relatou a cena:

“Quando cheguei, meu David sangrando no chão. Um policial chamando a atenção do outro pela besteira que ele fez e o outro no celular. Pedi: ‘socorro, pelo amor de Deus. Ele é uma criança!’ O policial só falou: ‘tá morto’ e ele ainda estava vivo. Eles não socorreram.”

O menino foi levado ao Hospital Municipal Moacyr do Carmo, mas não resistiu. O irmão, Luiz Guilherme, declarou que “o sonho do meu irmão era ser militar. Ele queria ser paraquedista ou policial. Morreu pelas mãos de um policial”.

Segundo a família, David saiu com três amigos para comprar salgadinhos enquanto jogavam videogame. A abordagem ocorreu perto de sua casa, na Rua Sebastião de Carvalho. A Polícia Militar alega que os agentes tentaram parar duas motocicletas, e um dos condutores desobedeceu, levando a um disparo que atingiu David.

A corporação instaurou procedimento interno e afastou os policiais do patrulhamento. A 59ª DP conduz a investigação. Na última segunda-feira (2), cerca de 30 familiares, amigos e moradores interditaram a BR-040, no km 122, exigindo justiça.

A manifestação começou às 7h e foi liberada após negociação com a Polícia Rodoviária Federal. A mãe de David lamentou: “gostava de viver, gostava de ir para escola, gostava de passear. Tinha um sonho de estudar, de ser paraquedista do Exército. Como que fica a família? Como que aceitamos?”

Casos de violência policial na Baixada Fluminense são frequentes. Relatório do Instituto de Segurança Pública (ISP) de 2024 aponta que a região registrou 112 mortes por intervenção policial no último ano, muitas em circunstâncias semelhantes. Oficialmente, a letalidade policial no Rio de Janeiro cresceu 15% entre 2022 e 2024, segundo o ISP, com jovens negros como principais vítimas.

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