A luta pela terra no Brasil sempre tem capítulos sangrentos com virtuais guerras, onde há muitas mortes, tortura e perseguição.
O novo capítulo ocorreu no dia 8 de janeiro com o o Acampamento Nova Esperança, no município de Nova Brasilândia d’Oeste (RO), formado por mais de oitenta famílias. Esse região vive esse conflito há algum tempo, a terra foi ocupada pelos posseiros, pois o dono tinha diversas multas nas terras e somente tinha um recibo de compra e venda.
Essa luta remete a quase vinte anos para ter a posse da terra, porém em 2024 o, a Fazenda Capão da Onça, no dia 25 de dezembro a justiça expediu a reintegração de posse para o suposto dono.
Em 2021, houve uma promessa do Incra de fazer o cadastramento das famílias e das terras da Fazenda Capão da Onça, porém não cumpriram com o combinado.
Com o pedido de reintegração de posse as famílias foram despejadas nas ruas da cidade, a polícia militar usou da coação e da violência para realizar a desocupação. As famílias foram colocadas em um abrigo provisório.
Despejadas pela Polícia Militar, as famílias foram alojadas em local de situação muito precária no município de Castanheiras, após o Natal as famílias decidiram retornar para a Fazenda Capão da Onça.
No momento as famílias estão lá, porém sofrem com a repressão policial. “A Polícia Militar passou a cercar a área, fazendo blitz e parando todos os vizinhos que circulam pela região, dificultando a entrada e saída das pessoas do local, impedindo o abastecimento do acampamento, doações de cestas básicas e o retorno de mais famílias. Assim também impedem os acampados de trabalhar nos sítios da vizinhança“, relatou a Comissão Pastoral da Terra.
Diante dos conflitos é preciso que os trabalhadores rurais se organizem atráves de comitês de autodefesa, pois somente assim vão conseguir se defender da PM, dos jagunços e dos pistoleiros pagos pelos latinfundiários.