O major da polícia militar Rafael Cambuí, subcomandante do 1° Batalhão de policiamento rodoviário, assassinou em fevereiro do ano passado o balconista de farmácia Luan, de 32 anos.
Luan estava indo para Santos de moto com um amigo quando a viatura de Cambuí passou ao lado dos dois e supôs que os mesmos estariam indo assaltar a moto da frente, da marca BMW.
Atendendo a abordagem policial Luan desceu da moto e levou um tiro do major que alegou pensar que o mesmo estivesse armado. O motoqueiro da moto BMW era amigo de Luan e estavam todos viajando juntos para ir comer camarão em Santos.
Agora, um ano depois, Cambuí não apenas não foi punido como acaba de ser promovido de cargo pelo governo Tarcísio e agora é comandante interno do batalhão.
Cambuí, que já foi candidato a prefeito da cidade de Paulínia, no interior paulista e teve como um de seus principais cabos eleitorais o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, é também um dos policiais envolvidos na chacina que ocorreu em Santos em abril de 2024 e matou dezenas de trabalhadores nas comunidades com o aval de Tarcísio de Freitas que apelidou a matança de “Operação Verão” e elogiou publicamente a ação criminosa dos policiais.
A imputabilidade e até mesmo a promoção de assassinos como Cambuí longe de ser uma exceção é fato corriqueiro.
Recentemente o policial que assassinou a sangue frio um estudante de medicina em São Paulo foi liberado por uma juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo foi liberado para responder o processo em liberdade sob a alegação de que o mesmo “ não oferecia perigo à sociedade”.
A violência policial exponencial ocorrida durante o governo Tarcísio, mas que também ocorria sob os governos anteriores do PSDB, mostram que não é preciso eleger o próprio Bolsonaro para que o fascismo assole a população.
Instituições como a Polícia Militar e as outras já são um aparato fascista por si mesmas e independente de quem esteja no governo elas irão atuar dessa forma por isso é necessária a dissolução do aparato policial da forma como existe hoje e a constituição de milícias populares que possam ser controladas pela própria população.