Ato de 7 de outubro

PM de Tarcísio protege provocadores sionistas do MBL

Centenas de manifestantes tentaram reagir a grupinho contratado pelo sionismo que visava impedir a realização do ato

Na noite desta terça-feira (7), momentos antes do início do ato de celebração da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, manifestantes foram surpreendidos com uma provocação de agentes da extrema direita contratados pelo sionismo para tentar impedir a realização do evento. A manifestação, que celebrava os dois anos da guerra de resistência e libertação nacional do povo palestino contra o Estado de “Israel”, havia sido convocada pelo Partido da Causa Operária (PCO), Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e os comitês de luta e marcada para acontecer na sede da Apeoesp, o sindicato dos professores de São Paulo.

Segundo apurado por este Diário, militantes responsáveis pela segurança do evento vinham observando a movimentação de alguns pequenos grupos de pessoas suspeitas na Praça da República, a poucos metros do local do ato. Em um determinado momento, chegaram várias viaturas da Polícia Militar de São Paulo (PMESP), cercando a praça. Ao mesmo tempo, policiais militares começaram a se aproximar da entrada da sede da Apeoesp.

Quando o local já estava infestado de policiais, seis pessoas se dirigiram à sede da Apeoesp, fazendo provocações contra o público do ato. Os agentes da PMESP, no entanto, agiram rapidamente para criar uma zona de contenção e impedir que centenas de manifestantes furiosos reagissem às provocações.

Apesar da proteção da PMESP, a tensão perdurou por alguns minutos. Relatos colhidos por este Diário dão conta de que tanto os provocadores quanto alguns policiais teriam demonstrado bastante nervosismo diante da pressão dos manifestantes. Até o fechamento desta edição, nossa equipe ainda não havia obtido a identidade dos provocadores. De acordo com os presentes, ao menos um deles seria assessor de Lucas Pavanato (PL-SP), vereador ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), um grupo criado por fundações do imperialismo norte-americano durante a preparação para o golpe de 2016.

O MBL é um conhecido apoiador do assassinato de crianças palestinas. Recentemente, um de suas principais lideranças, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), defendeu que o Brasil não enviasse ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, endossando a política nazista do Estado de “Israel” de matar a população de fome. Quando criticado por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, Kataguiri processou o dirigente, reafirmando sua posição de apoio à política criminosa do sionismo. Por causa deste processo, Pimenta teve sua conta bancária congelada para que pague uma multa de R$16 mil ao deputado.

A conduta dos provocadores no ato de 7 de outubro é típica do MBL. Afinal, trata-se de um grupo cuja função vai além de defender, na propaganda, os interesses mais criminosos do imperialismo. Em vários momentos, o grupo já agiu como uma verdadeira milícia fascista, enviando capangas para intimidar manifestantes e setores da população.

Em 2016, integrantes do MBL se dirigiram a várias ocupações de universidades e escolas, na tentativa de provocar o movimento contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto de Gastos. No ano seguinte, impulsionaram a campanha “Escola sem Partido”, que consistia em invadir salas de aula para provocar os professores de esquerda.

Em 2019, logo após a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro (PL), o MBL mobilizou seus capangas para a frente da sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) em São Paulo e para o Consulado de Cuba em São Paulo. Em ambas oportunidades, foram confrontados com a ação de manifestantes que os colocaram para correr.

A provocação do MBL ao ato de 7 de outubro foi preparada pela grande imprensa. Dias antes, órgãos como O Globo, revista Oeste e Folha de S.Paulo passaram a divulgar que deputados estavam tentando impedir, judicialmente, a realização da manifestação. As matérias, por seu turno, foram compartilhadas por muitos sionistas, criando um clima favorável à provocação.

A atuação suspeita da polícia, que apareceu exatamente no momento em que vieram os provocadores, também está relacionada a outros fatos políticos significativos. O primeiro deles é que o chefe da polícia, isto é, o governador de São Paulo, é Tarcísio de Freitas (Republicanos). O PCO, por sua vez, é o partido que mais denuncia a operação da burguesia que visa transformar Tarcísio em um candidato à presidência da República viável. Além disso, na última semana, o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, defendeu que o PCO fosse cassado por ter chamado o ato em apoio à resistência palestina.

Outro lado

Tentamos contato com o governo do estado de São Paulo e com sua Secretaria de Segurança Pública, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta edição.

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