Na noite de domingo (23) a Polícia MIlitar atacou foliões que estavam em um bar no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Após o desfile de blocos de Carnaval, policiais atacaram as pessoas fisicamente e com esprei de pimenta.
De acordo com testemunhas, o bloco “Bloco dos Chifrudos” já havia encerrado seu cortejo quando os policiais pediram que um grupo desligasse a caixa de som, o que foi atendido. No entanto, um dos integrantes continuou tocando um instrumento de percussão. Momentos depois, um carro atropelou os cones que interditavam a via, e os policiais relacionaram o incidente ao músico.
A abordagem tornou-se mais agressiva quando ao menos três policiais imobilizaram o jovem no chão. Testemunhas gravaram a cena e protestaram contra a violência da ação. Apesar disso, a PM registrou no boletim de ocorrência que o homem preso era o motorista que fechou veículos na via e que ele teria sido agressivo durante a abordagem. A corporação ainda não esclareceu a contradição entre as denúncias e a versão oficial.
O policial ainda puxou o cabelo de uma mulher e golpeando-a com um cassetete. Outra testemunha relatou que também foi intimidada por um policial ao filmar a abordagem. Segundo ela, o militar ameaçou prendê-la, alegando que as gravações eram inadequadas. Em meio a revolta popular os policiais atacaram todos com esprei de pimenta.
Essa é mais uma demonstração de como a política é inimiga da festa mais popular do mundo. O carnaval, na verdade, é uma festa atacada pela própria burguesia que se coloca contra as manifestações da classe operária, até mesmo as culturais.