Cerca de 30 militantes e ativistas participaram da plenária que marcou o lançamento da Internacional Antifascista no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (16).
Tomaram a dianteira da convocação os membros da Associação José Martí, empenhada na defesa da Revolução Cubana e das causas da unidade latino-americana contra o imperialismo.
Estiveram presentes dirigentes e ativistas do PCO, PCB, MST, Comitê de Solidariedade a Cuba, Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Comitê Taiguara de Lutas Populares, Comitês Gal. Abreu Lima, da Casa América Latina, entre outros.
Em nome da Secretaria Executiva Nacional da Internacional Antifascista, Pedro Batista apresentou um histórico desde a criação do movimento, no ano passado, na Venezuela. Os participantes debateram a situação política e as tarefas locais e nacionais para levar adiante a luta contra o imperialismo, com base na mobilização do ativismo em torno de questões centrais na etapa atual.
A plenária do Rio de Janeiro ocorreu no dia seguinte ao da realização de evento semelhante em São Paulo, do qual participaram mais de 60 militantes da capital e do interior do Estado.
Em ambos os eventos foi debatida a mobilização em torno da celebração dos 80 anos da vitória da classe trabalhadora contra o nazismo, tendo à frente o Exército Vermelho, da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que no dia 9 de maio de 1945 ocuparam Berlim.
No dia 10 de maio, em São Paulo, acontece o ato nacional da Internacional Antifascista e de dezenas de movimentos em torno dessa importante data. Segundo a organização, caravanas sairão do interior do estado de São Paulo, bem como de estados próximos, para participar da manifestação. Também é esperada a vinda de militantes de todas as regiões do País.
A este Diário, a coordenação do movimento informou que, nos próximos dias, serão publicados materiais de convocação e organizadas panfletagens em diversas regiões para impulsionara a participação de jovens e trabalhadores no evento.
No começo de maio, também ocorrerão atividades importantes em diversas capitais, como o ato cultural e político que acontece no dia 6, no Sindicato dos Bancários de Brasília.
Em uma etapa de enorme dispersão e confusão política entre setores da esquerda, diante da contraofensiva do imperialismo contra os direitos democráticos em todo o mundo e sob a ameaça de ampliação da onda golpista – como se viu na última semana no Equador -, torna-se fundamental retomar a mobilização popular. A ameaça de expansão da guerra, que coloca o mundo sob o risco de um confronto de grandes proporções na Europa, decorre da oposição de setores poderosos do imperialismo a um possível acordo de paz entre os governos da Rússia e dos EUA sobre a guerra na Ucrânia.
Enquanto isso, os povos de todo o planeta sofrem com as atrocidades da política imperialista, desde genocídios como o promovido pelos sionistas na Palestina, a todo tipo de ataque às condições de vida da classe trabalhadora — inclusive nos próprios países imperialistas. É uma etapa histórica na qual a mobilização dos explorados em torno de questões concretas e decisivas é indispensável.
Este Diário se soma à campanha pela convocação do ato nacional e de todas as atividades em discussão no interior da Internacional Antifascista, das organizações e movimento que a integram, e vai divulgar aqui, toda a agitação que prepara estes importantes eventos e a sua realização.