Coletivo Psis

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Coluna

Planos de saúde impedem acesso à saúde mental

O parasitismo dos planos de saúde esmaga profissionais e conveniados

É urgente combater um poderoso vilão: os planos de saúde. Na área da saúde mental, os planos não só sabotam os profissionais, como também destroem qualquer chance de acesso a tratamentos dignos, pisoteando sem cerimônia as diretrizes técnicas que deveriam nortear as práticas em saúde.

Primeiramente, é importante ressaltar que as mensalidades dos planos de saúde não são nada baratas. As empresas se esforçam ao máximo para esconder o valor dos planos na internet, mas a mensalidade média de um plano como o da Unimed gira em torno de R$ 500, podendo até mesmo passar de impressionantes R$ 5.000 a depender do caso – um valor que praticamente equivale a quatro salários mínimos e se configura como um verdadeiro roubo legalizado.

Mais revoltante ainda é o fato de que, desse valor exorbitante que o paciente paga, os profissionais de saúde não veem praticamente um centavo. Embora mais uma vez as empresas busquem ocultar o quanto repassam aos profissionais, sabemos que no caso de psicólogos e psiquiatras o valor geralmente fica em torno de R$ 30 por atendimento, fazendo com que o plano obtenha um lucro abusivo.

Mas a perversão não para aí. A saúde mental sofre muito mais do que apenas esse calote. Os convênios exigem que as sessões durem apenas 30 minutos, um tempo que qualquer manual básico condenaria como insuficiente para lidar minimamente com demandas reais. Apesar disso, os pacientes seguem sendo atendidos nesse tempo determinado pelos planos, acabando com a autonomia profissional e reduzindo a clínica a uma linha de produção de sujeitos consumidos por essas corporações parasitas.

Esse é mais um tema importante sobre o qual o Conselho Federal de Psicologia se cala. Embora o Conselho seja veemente na perseguição a psicólogos, quando se trata de fiscalizar as práticas ditadas pelos planos de saúde, ele foge com o rabo entre as pernas. Por isso, é fundamental que os profissionais da área da saúde mental se organizem e lutem por condições dignas na oferta dos seus serviços. 

Essa luta não se restringe à área da saúde mental. Estamos vivendo a fase do capitalismo monopolista, onde grandes conglomerados dominam mercados inteiros e transformam necessidades humanas em mercadorias descartáveis. Assim, medicina, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e todas as demais áreas da saúde sofrem o mesmo golpe impiedoso desse capitalismo monopolista. Grandes conglomerados dominam o setor, precarizando o direito à saúde, comprimindo salários, padronizando atendimentos e reduzindo a qualidade do serviço a fim de obter lucro máximo.

Por isso, é importante que haja uma luta unificada de todos os profissionais da saúde contra as empresas que vendem esses planos. A fragmentação entre as categorias profissionais só serve aos interesses dessas corporações, que se aproveitam da divisão para impor piores condições a todos. Tal luta só será efetiva se tiver como horizonte a superação do capitalismo, pois sem romper com a lógica da exploração, qualquer conquista será frágil e facilmente revertida. 

Nós, do Coletivo Psis do PCO, buscamos não só denunciar esse funcionamento adoecedor dos planos de saúde, como também chamar e organizar os trabalhadores da saúde mental para lutarem por essas reivindicações. Humanizar a barbárie não basta, é preciso enfrentar o modo de produção que está na raiz da precarização. Junte-se a nós, entrando em contato através do número (11) 95208-8335.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a deste Diário

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