A maior fabricante de massas e biscoitos do País anuncia o fechamento da fábrica localizada em Lençóis Paulistas (SP) e irá jogar no olho da rua cerca de 500 pais de famílias.
O anúncio do fechamento foi feio no último dia 6 de janeiro e, segundo a justificativa da direção da empresa seria por conta da tal famigerada reestruturação, em que os capitalistas dizem seguir “investindo em novas tecnologias e modernizando suas unidades industriais e, como parte desse processo, as atividades de produção da fábrica de Lençóis paulista será transferida para outras unidades, garantido maior eficiência…”.
A política dos grandes monopólios de fecharem suas fábricas ou restringirem sua atividade, além de um duro golpe contra a classe operária Brasileira, representa um ataque direto à economia nacional. Essa política reduz atividade econômica nacional, reduz ou elimina ramos inteiros de atuação na indústria, um ataque à capacidade produtiva nacional coordenado por interesses desses grandes capitalistas que só um interesse: o lucro a qualquer preço.
É preciso dizer não a essa política de sabotagem econômica promovida pelos capitalistas, que lucram com o trabalho dos operários e tão logo julgam necessário reduzem ou eliminam centenas de postos de trabalho.
A economia doméstica não pode ser determinada pelos interesses do grande capital que faz o que bem entende. Contra esse atentado da gigante do ramo de biscoitos e massas, é preciso uma ação a altura. Nada de fechar a fábrica sem mais nem menos. É preciso apoiar a luta dos trabalhadores da Piraquê de Lençóis Paulista contra essa medida reacionária e nociva ao país.
Uma grande greve da categoria para forçar os patrões a manterem a fábrica funcionando com todas as condições de trabalho adequadas. Formar comitês de greve de trabalhadores para negociar com os patrões; negociação pública, que toda a categoria tenha o direito de ver o que está sendo negociado e em que termos. Elaborar já um calendário de luta com assembleias regulares, chamar a solidariedade da categoria rumo a um dia de paralisação nacional do setor contra demissões e fechamento de fábricas.
É preciso mobilizar toda a categoria imediatamente, nada de apoiar as propostas do prefeito direitista da cidade, André Paccola Sasso (PP), conjuntamente com a direção da empresa, com um suposto “pacote de benefícios” para os demitidos através de promessas vazias.
Os trabalhadores precisam se organizar e através das suas entidades de luta numa gigantesca mobilização para barrar o fechamento da fábrica, através dos seus próprios métodos de luta (piquetes, greve, ocupações, etc.). Os patrões, sobretudo os monopólios, só entendem a linguagem da força. As negociações só funcionam sob a base da força. Nesse sentido, somente a audácia é boa conselheira. É preciso passar por cima dos elementos vacilantes da burocracia sindical; os trabalhadores de base têm que tomar as rédeas do processo. Se os patrões insistirem na política de fechamento, a resposta tem de ser greve com ocupação de fábrica já!
Todo apoio aos trabalhadores da Piraquê de Lençóis Paulista! Essa é uma luta de todos os trabalhadores do país contra os poderes dos monopólios que querem subjugá-los e deixá-los totalmente à mercê de seus interesses. Essa é uma luta de todos os trabalhadores do país contra a política dos patrões que não pensam duas vezes quando se trata de defender os interesses de um punhado de parasitas que vivem às custas do Estado e dos trabalhadores.