Futebol

PIG aproveita resultado para retomar ataque à Seleção

Após defender a apatia dos atletas, jornalistas dos monopólios de imprensa aproveitam derrota para ampliar ataques ao futebol nacional

A atuação da Seleção brasileira no clássico da última terça-feira (25) contra a Argentina, em partida válida pela 14ª rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, deu margem a mais uma onda de ataques contra o futebol brasileiro por parte da imprensa burguesa, tradicional inimiga do nosso futebol.
Os brasileiros saíram do estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, com a derrota por 4 a 1 para os rivais. O jornalista Galvão Bueno, em vídeo publicado no Instagram e repercutido pela CNN Brasil, aproveitou: “transmiti mais de 40 anos de Seleção Brasileira. Fora os 7 a 1 para a Alemanha, nunca vi a Seleção jogar tão mal”. Sem perder tempo, o jornal direitista Metrópoles publicou uma matéria intitulada Galvão Bueno massacra Seleção após derrota e sobra até para Romário.
O texto destaca a “atuação apática” do Brasil e quase comemora o feito do escrete argentino: “a equipe argentina deu um ‘baile’ no time comandado pelo técnico Dorival Júnior”. Após o jogo, outro que se dedicou a cutucar ferida foi o comentarista Roger Flores, ainda na transmissão da golpista TV Globo: “constrangedor. Tem de sair daqui agradecendo, porque foi pouco”, disse.

O narrador Luis Roberto, também na transmissão da Globo, engrossou as críticas: “a atuação que teve aqui não representa a tradição do futebol brasileiro. Derrota institucional”. Naturalmente, a fala foi logo apropriada pela imprensa burguesa para ampliar o ataque ao futebol nacional. Já o portal lance! destacava, ainda durante a transmissão da partida que Brasil tem ‘pior 1º tempo da história’ nas Eliminatórias contra a Argentina.

Antes do jogo, a partida já estava marcada pela polêmica surgida após uma declaração do atacante Raphinha, que atuou pela Seleção no jogo e havia concedido uma entrevista ao craque brasileiro Romário. O Baixinho, ídolo do tetra, questionou sobre o atual camisa 11 da Canarinho: “Argentina, nosso maior rival e agora, graças a Deus, sem o Messi. Porrada neles?”. Raphinha consentiu: “porrada neles, sem dúvida… em campo e fora do campo, se tiver que ser”, complementou.

Algo que sempre fez parte da rivalidade — a provocação — se transformou em um enorme drama por parte dos monopólios da imprensa capitalista, que condenaram o jogador sob a justificativa da repercussão negativa que a declaração poderia causar.
O próprio Romário foi atacado por ter feito a pergunta ao atacante, acusado de ter induzido Raphinha a dar tal resposta. Em resposta a essas acusações, Romário declarou: “o problema é que alguns jornalistas são babacas… ficam reprovando o que o cara falou. Tem uns aí que ficam reprovando até o que eu perguntei… Pergunto o que eu quero, e o Raphinha tem todo o direito de responder o que quer.”
As provocações entre brasileiros e argentinos sempre foram comuns, principalmente na véspera das partidas, sendo os argentinos muito mais ofensivos que os brasileiros nesse quesito. Um dado da realidade conhecido por todos que acompanham futebol, mas escamoteado pelos monopólios de imprensa, que não o fazem por outro motivo, mas para estimular a apatia dos nossos craques e com isso, crises como a que se abriu após a partida em Buenos Aires.

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