Nesta segunda-feira (17), a Petrobrás anunciou nova descoberta de petróleo na Bacia de Campos, área marítima entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, onde estão localizados alguns dos principais campos de petróleo do País.
A estatal informou que o petróleo foi descoberto na camada do pós-sal da bacia, especificamente em poço exploratório localizado no bloco Sudoeste de Tartaruga verdade, bloco operado pela Petrobrás com 100% de participação, tendo sido adquirido em 2018.
Ao contrário do pré-sal, a camada do pós-sal constitui uma camada de rochas localizada, como o nome indica, acima de uma camada de sal, no leito marinho, o que facilita a extração de petróleo em comparação com a riqueza encontrada no pré-sal.
Segundo a Petrobrás, o petróleo descoberto é de “excelente qualidade”. As amostras obtidas “seguirão para análises laboratoriais, que permitirão caracterizar as condições dos reservatórios e fluidos encontrados, possibilitando a continuidade da avaliação do potencial da área”.
Antes desta, a descoberta mais recente de petróleo de alta qualidade ocorreu em maio deste ano, quando o recurso mineral foi descoberto no pré-sal da Bacia de Santos, a 1.952 metros de profundidade, especificamente no bloco de Aram, localizado a 248 km da costa. Aquela descoberta reforçou o potencial produtivo da Bacia de Santos, umas das principais áreas do pré-sal brasileiro.
A nova descoberta ocorre menos de um mês depois de a Petrobrás ter recebido licença do Ibama permitindo realizar perfurações exploratórias na Margem Equatorial, especificamente no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.
Paralelamente a isto, e conforme noticiado pelo jornal O Globo, Jonas Henrique Lobo, diretor-geral da SBM Offshore no Brasil, declarou, sobre a Bacia da Foz do Amazonas, que “a gente já está mais ou menos com o pé ali. A gente vê a Margem Equatorial com bastante interesse. Estamos bem atentos ao desenvolvimento naquela área”.
A SBM Offshore é uma empresa holandesa especialista em infraestrutura oceânica de águas profundas. Seu diretor-geral no Brasil também informou que “a Margem Equatorial está bem perto da Guiana, onde temos quatro FPSOs em operação com a ExxonMobil, que produzem 900 mil barris por dia” e que “estamos indo para a quinta FPSO”, acrescentando ainda que “no Suriname, temos uma unidade em construção com a Total Energies (com produção prevista de até 220 mil barris por dia a partir de 2028)”. FPSO é a sigla em inglês para Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência.




