Editorial

Pesquisas mostram que Lula deve ir à esquerda

Se reação limitada do governo diante de ameaça dos EUA impulsionou sua popularidade, que dizer de uma defesa consequente dos interesses do povo?

Nesta terça-feria (15), foi divulgada pesquisa AtlasIntel/Bloomberg que afirma que 61,1% dos entrevistados consideram que Lula representa melhor o Brasil do que o Jair Bolsonaro, que atingiu 38,8%. Além disso, o levantamento dá conta de que o presidente atingiu a maior aprovação do ano, passando de 47,3% registrados em junho para 49,9%.

A pesquisa foi feita logo após a ameaça de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de taxação de todos os produtos brasileiros em 50%. Para 62,2% dos entrevistados, a decisão do presidente norte-americano é injustificada, enquanto 36,8% acham justificada e 1% não sabe. 50,3% do total também considera que as justificativas utilizadas por Trump em sua decisão podem ser consideradas uma ameaça à soberania brasileira, contra 47,8% que acham o contrário e 1,8% que não souberam opinar.

Apesar de não serem completamente confiáveis, as pesquisas podem servir para indicar tendências na sociedade brasileira. Nesse sentido, não é difícil imaginar que uma reação mais enérgica a uma tentativa de ingerência estrangeira no Brasil seja vista com bons olhos pela população. E que, portanto, as declarações de Lula após a ameaça de Trump tenham ajudado a diminuir a impopularidade de seu governo.

No geral, a política de Lula tem sido de se equilibrar entre a direita e a esquerda, entre os interesses dos poderosos e os do povo. Uma política desastrosa que o colocou na situação terrível em que se encontra e que parte do pressuposto de que polarizar é ruim para o governo. Os resultados tímidos da campanha contra a ameaça de taxação dos Estados Unidos, no entanto, mostram que isso não é verdade, pois a população acompanhou a guinada mais à esquerda do governo e aprovou o posicionamento em relação aos EUA.

Não nos enganemos: a política “anti-imperialista” do governo é de ocasião e muito mais uma política “anti-Trump” do que “anti-EUA” no geral. É, consequentemente, uma política extremamente limitada e, em grande medida, eleitoral, visando o pleito de 2026. Se mesmo com uma política desse tipo houve alguma reação popular, que efeito teria uma política consequente, comprometida com os interesses dos trabalhadores até as últimas consequências?

Em outras palavras, prova-se que a única saída para o governo e, mais importante ainda, para solucionar os principais problemas dos trabalhadores, é a defesa de uma política verdadeiramente popular. De uma política que, acima de tudo, mobilize o povo contra o imperialismo em todas as formas que ele adota dentro do País.

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