O Partido da Causa Operária (PCO) é hoje um dos principais alvos da ditadura do Judiciário, que se instalou no Brasil sob o pretexto de “combater o fascismo” e “defender a democracia”. A realidade é que essa ditadura não poupa ninguém que se oponha, de fato, ao regime político golpista que controla o Estado brasileiro.
Na última semana, Francisco Weiss, dirigente nacional do PCO, foi intimado a depor na Polícia Federal sob a absurda acusação de “apologia ao crime” por ter defendido a Resistência Palestina, que luta para libertar seu povo de cem anos de genocídio. Uma acusação que, além de totalmente infundada, mostra o caráter de perseguição política da ofensiva contra o partido. Na mesma linha, outros companheiros do partido foram chamados para depor no setor de combate ao “terrorismo”, baseando-se na reacionária Lei Antiterrorista — instrumento autoritário que tem sido utilizado para perseguir a esquerda.
O PCO é alvo de inúmeros processos: acusações de racismo (na verdade, denúncias feitas por organizações sionistas que não admitem qualquer crítica à entidade genocida de ‘Israel’), processos movidos por figuras da extrema direita como Carla Zambelli e Marcos Pontes, denúncias no Congresso Nacional e até dois pedidos de cassação do registro do partido — um deles encaminhado pelo próprio procurador-geral da República indicado por Lula, Paulo Gonet, um notório lavajatista.
Essa avalanche de processos não é motivada por qualquer irregularidade, mas sim por um único motivo — o PCO, ao contrário da esquerda pequeno-burguesa, não se ajoelha diante do Judiciário. É um partido que combate a censura, denuncia a ditadura imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não se curva diante da rede Globo.
Diferentemente dos partidos da esquerda pequeno-burguesa, que se acomodaram ao regime e vivem com medo da reação da direita, o PCO não hesita em denunciar os abusos do STF, a repressão aos bolsonaristas, a censura nas redes sociais, e o caráter ditatorial do regime político. A perseguição, portanto, é o preço pago por se manter de pé e coerente com os interesses do povo trabalhador.
A punição do STF ao ex-assessor bolsonarista Filipe Martins, multado apenas por aparecer num vídeo ao lado do próprio advogado, mostra o nível de arbitrariedade a que chegou o regime. É um escândalo. E este mesmo regime que persegue o PCO.
É necessário que todos aqueles que lutam contra o regime, que defendem a liberdade de expressão, os direitos democráticos e a independência dos partidos operários, se somem a essa denúncia. A perseguição contra o PCO é, na realidade, a perseguição contra a luta dos trabalhadores brasileiros.