Brasil

Pelo segundo ano, banqueiros roubam R$4 bilhões da Eletrobrás

Pagamento fez as ações da empresa dispararem. R$1,8 bilhões em dividendos já havia sido pago no primeiro semestre

No dia 7 de agosto, a Eletrobrás distribuiu R$4 bilhões em dividendos aos acionistas. Isto é, os quatro bilhões de reais que deveriam ter sido investidos no país para melhorar a vida do povo foram mandados para fora do país, entregues aos bancos imperialistas e àqueles sob o controle do imperialismo.

Esta foi a segunda distribuição de dividendos em 2025. A primeira ocorreu em abril, quando R$1,8 bilhões foi dado aos banqueiros. Foi uma distribuição complementar referente ao resultado (lucro líquido) de 2024, de forma que, no ano passado, a distribuição da rapina imperialista da Eletrobrás, totalizou R$4 Bilhões.

Com o mais recente pagamento de quatro bilhões em dividendos para os banqueiros, as ações da Eletrobrás dispararam na Bolsonaro de Valores, subindo mais de 7%. Conforme o jornal Folha de São Paulo, isto ocorreu pois a distribuição dos dividendos foi entendido pelo mercado (a burguesia imperialista) como um sinal de que a empresa passará a remunerar os acionistas (os bancos imperialismo) de forma mais frequente.

Durante teleconferência com analista, Ivan Monteiro, presidente da Eletrobrás, declarou que um de seus objetivos é melhorar a “sofisticação da alocação de capital”, para garantir maior previsibilidade sobre a remuneração aos acionistas, conforme noticiado pela Folha de São Paulo. Em outras palavras, o objetivo é aprimorar a entrega de dinheiro do povo brasileiro para os banqueiros do imperialismo.

Expondo sem querer como empresas privatizadas não tem interesse em desenvolver a infraestrutura e a indústria brasileira, Folha de São Paulo informou que “em relação aos riscos, a empresa citou a redução de passivos como o empréstimo compulsório feito no passado para financiar obras, a conclusão de projetos assumidos antes da privatização, o equacionamento da dívida da Amazonas Energia e simplificação societária, entre outros”.

O jornal golpista também acabou expondo como o imperialismo sabota o desenvolvimento do programa nuclear brasileiro: ao informar que “o acordo com o governo para ampliar presença da União em seu conselho […] retirou da Eletrobras a obrigação de investir na conclusão da usina nuclear Angra 3, que era um grande foco de incerteza sobre seu futuro”.

Esse acordo foi firmado em fevereiro de 2025. Conforme informado pela Folha à época, o acordo foi feito para “encerrar a ação no STF (Supremo Tribunal Federal) na qual o governo federal questionava seu limite de poder de voto na companhia elétrica”. 

Como resultado do acordo, feito pelo governo Lula, o  governo passou a ter representantes em conselhos da Eletrobras, enquanto a companhia deixou de ter obrigação de alocar bilhões em reais e recursos para a construção da usina nuclear de Angra 3. 

Enquanto o presidente está muito ocupado em fazer bravatas pseudo-nacionalistas contra as medidas recentes do governo Donald Trump, já se passaram quase três anos de seu atual mandato, e Lula não só não tomou nenhuma medida efetiva para reverter a privatização da Eletrobrás (feita sob Bolsonaro), como seu governo segue entregando aos banqueiros dos EUA, Europa e Japão bilhões de reais da energia produzida pelos trabalhadores brasileiros.

Além disso, faz acordo para garantir que o imperialismo continue sabotando o desenvolvimento do programa nuclear brasileiro. Cumpre relembrar que, em 1981, o Mossad (serviço de inteligência estrangeira de “Israel”, uma gangue de assassinos) assassinou José Alberto Albano do Amarante, um tenente-coronel da Força Aérea Brasileira. Seu assassinato foi uma das milhares de crimes do imperialismo para impedir que o Brasil se torne uma nação nuclear, o que seria um enorme obstáculo para imperialismo continuar escravizando o povo brasileiro.

Conforme vem sendo denunciado diariamente por este Diário, o Mossad está infiltrado em todas as instituições brasileiras, controlando todos os órgãos do aparato de repressão brasileiro, seja a Polícia Federal, sejam órgãos do Poder Judiciário, sejam outros. E não só o governo Lula não faz nada, como continua fornecendo petróleo para “Israel” e ainda faz do Brasil signatário da Declaração de Nova Iorque, plano contrarrevolucionário do imperialismo para desarmar (e acabar) com a Resistência Palestina e salvar “Israel” de seu colapso.

Não adianta Lula ficar fazendo discurso nacionalista e bravatas contra Trump. Anti-trumpismo não é anti-imperialismo. Fazer discurso sobre soberania enquanto segue cada vez mais subserviente ao imperialismo (e ao sionismo), arrancando do povo brasileiro para dar aos bancos do imperialismo, não é, nunca foi e nunca será nacionalismo.

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